Sistema de reconhecimento facial começa ser usado em cartórios

Em resposta aos novos tempos, tecnologia permite que cliente reconheça firmas, procurações e lavraturas sem a presença física

 

Para evitar que as pessoas precisem ir até aos cartórios, gerando aglomerações e tempo de espera, uma empresa de Mato Grosso desenvolveu tecnologia de reconhecimento facial para que diversos serviços possam ser realizados de maneira remota. A alternativa, além de garantir mais agilidade, é uma resposta à pandemia do novo coronavírus, em que atividades antes consideradas rotineiras passaram a oferecer risco de contaminação.

O sistema possibilita o reconhecimento de firmas, procurações e lavraturas de escrituras sem a presença física da pessoa. À distância, documentos podem ser gerados de forma eletrônica e assinados digitalmente entre as partes e o tabelião. A tecnologia de reconhecimento facial já está sendo testada nos cartórios do 7º Ofício em Cuiabá, 2º Ofício em Várzea Grande, 2º Ofício em Lucas do Rio Verde e no 2º Ofício em Alta Floresta.

A tecnologia é possível por meio do mapeamento das características do rosto de cada pessoa, como a distância entre os olhos e o tamanho do nariz. A extração dos chamados pontos nodais forma uma assinatura facial. Como estas características costumam ser únicas em cada pessoa, o sistema de reconhecimento é praticamente sem falhas.

Conforme explicou o diretor executivo da Online Engenharia de Sistemas, Louder Mendes, empresa responsável pela tecnologia, o sistema está em fase de implantação e funcionará com a comparação da imagem capturada por meio de videoconferência com os dados biométricos do cliente registrados no cartório.

“A fase de implantação compreende utilizar a tecnologia para capturar os dados biométricos, então o cliente ainda precisa ir até o cartório para coletar a imagem. Essa foto vai ficar armazenada e partir de então pode ser usada a distância”, explicou.

Denominada Face Match, a ferramenta pode procurar nos arquivos do cartório o cadastro correspondente a uma face registrada por meio de uma câmera qualquer.

Mendes pontuou que os serviços oferecidos pelos cartórios estavam em um processo natural de digitalização, mas que até então necessitavam de regulamentação e digitalização. Com a pandemia, no entanto, tudo aconteceu de forma mais acelerada.

“Hoje já é comum receber certidões, bem como solicitar registros e outros atos em formato digital, ou seja, que foram criados a partir de um processo totalmente digitalizado”, explicou.

Sistemas de biometria facial já existem em todas as partes do mundo e já fazem parte do dia a dia de países da Europa e Estados Unidos. Todas as gigantes da informática, como o Google, a Microsoft e o Facebook vêm aperfeiçoando as aplicações do reconhecimento facial.

Em Mato Grosso, a expectativa é que o sistema possa ser disponibilizado também para outros segmentos além de cartórios, como para a áreas de segurança pública e privada.

“A perspectiva é de implantar o sistema na medida que houver procura. A empresa detém da tecnologia e se nós procurarem a gente vai fazer uma análise. Não é uma receita de bolo pronta. Se uma empresa ou qualquer órgão público, por exemplo, quiser controlar a entrada de visitantes e funcionários por meio do reconhecimento facial, poderemos desenvolver o projeto com base na necessidade”, finalizou.

Além da tecnologia de reconhecimento facial, online possui experiência na utilização de assinaturas digitais. A empresa tem 30 anos de atuação no mercado e é especialista em atendimento a cartórios em seis estados do Brasil.

 



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