Cuiabá registrou desde o início da pandemia 32.111 casos de Covid

A edição leva em consideração os casos registrados de 14 de março a 14 de novembro


Desde a notificação do primeiro caso de COVID-19 em Cuiabá, em 14 de março, até a publicação deste Informe Epidemiológico 33/2020, já se passaram oito meses. O Brasil registrou no período cerca de 6 milhões de casos, Mato Grosso mais de 152 mil e Cuiabá alcançou o quantitativo de 32.111 casos. Perderam a vida, no Brasil, mais de 165 mil pessoas; em Mato Grosso, foram 4.040 mortes e em Cuiabá, 1.058. São várias as repercussões produzidas pela Pandemia de COVID-19 no mundo, constituindo-se em um fenômeno complexo, como múltiplas epidemias, dadas as suas manifestações em diferentes contextos sociais, sanitários e geopolíticos.

Semanalmente, desde a Semana Epidemiológica 14 (29 de março a 04 de abril), a Secretaria de Saúde de Cuiabá, com apoio de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso publica o Informe Epidemiológico sobre a COVID-19, com o objetivo de monitorar o padrão de morbidade e mortalidade e descrever as características clínicas e epidemiológicas dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave - SRAG - pelo SARS-Cov-2 em residentes no município de Cuiabá.

A geração de informações, por meio de indicadores de incidência, morbidade hospitalar e mortalidade, além de projeções e da distribuição espacial dos casos apresentadas semanalmente nos Informes, proporcionou à sociedade cuiabana e aos gestores orientações e subsídios para o enfrentamento da COVID-19 na capital matogrossense.

Contudo, devemos ressaltar que, apesar do declínio dos casos e óbitos ao longo das últimas semanas em Cuiabá, é preciso manter as medidas de prevenção e controle da transmissão do vírus, tendo em vista que, depois de alguns meses com a COVID-19 sob controle, a situação da Europa, que já foi o epicentro da pandemia, começa a piorar novamente. Recentemente se verificou que o contágio pelo coronavírus na região aumentou e chegou a um patamar mais alto do que na primeira onda do vírus. Também no Brasil tem-se verificado esse mesmo fenômeno em algumas localidades, em especial, nas capitais.

Outro ponto relevante é que, atualmente não há evidências de que as pessoas que se recuperaram da COVID-19 e tenham anticorpos estejam protegidas contra uma segunda infecção. É esperado que a maioria dos indivíduos infectados desenvolva uma resposta de anticorpos que forneça algum nível de proteção, no entanto, o que ainda não se sabe é o nível de proteção ou quanto tempo vai durar, daí a importância de se manter as medidas de prevenção. Desta forma, destacamos que a inexistência de vacina para prevenir a infecção por COVID-19, tão pouco medicamento antiviral específico para seu tratamento, torna a prevenção a melhor estratégia para o controle da doença.

Neste informe apresentamos as informações desde a data da notificação do primeiro caso em Cuiabá até a 46ª Semana Epidemiológica (SE), compreendendo o período de 14 de março a 14 de novembro de 2020.

* Destaques da Semana Epidemiológica 46 – 08 a 14 de novembro*
- Até 14 de novembro:
- 30.811 casos de COVID-19 de residentes em Cuiabá e 1.047 mortes.
- Aproximadamente 12% dos casos foram assintomáticos.
- Cerca de 31% dos casos, 60% dos indivíduos internados e 75% dos óbitos por COVID-19 referiram presença de comorbidades.
- O risco de infecção é maior em pessoas de cor/raça negra.
- De 18/julho a 14/novembro a taxa de incidência de COVID-19 em idosos aumentou cerca de 312% enquanto em crianças o aumento foi de 478% e em adolescentes 662%.
- Risco de internação se eleva com a idade, sendo maior no sexo masculino, exceto no grupo de 20 a 29 anos.
- Tendência crescente do risco de morte com aumento da idade e um risco cerca de duas vezes maior para o sexo masculino comparado ao feminino, exceto para o grupo de 20 a 29 anos, em que o risco é maior no sexo feminino.
- Na última semana
- 266 casos notificados de COVID-19 notificados e 11 óbitos.
- Redução do número casos semanais por COVID-19 e o menor número de mortes registradas desde 06 de junho.
- Aumento do índice que estima a reprodução do vírus na população (Rt 0,76) quando comparado com a semana anterior (Rt 0,65), mas mantendo-se abaixo de 1,0. 



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