Maioria dos autores de feminicídios eram maridos ou namorados, ou ex das vítimas

Conforme levantamento do observatório da PJC, todos os 12 suspeitos de terem praticado os crimes de feminicídio nos três primeiros meses do ano foram identificados pela Polícia Judiciária Civil (PJC-MT).

Dez suspeitos tinham grau de parentesco com as mulheres e dois não tinham. Cinco eram maridos/conviventes, um ex-marido/convivente, dois eram namorados das vítimas, um ex-namorado e um genro.

Cinco são pedreiros, dois fazem serviços gerais, um é estudante, um lavrador, um pintor automotivo e um aposentado. Os suspeitos têm idade entre 18 e 90 anos. Nenhum dos autores/suspeitos foram reconhecidos como membros de organizações criminosas.

Três dos suspeitos de feminicídio tinham filhos com as mulheres que mataram, deixando seis filhos órfãos da mãe. Um deles tinha 1 filho com a vítima, outro tinha 2 filhos e o terceiro tinha 3 filhos com a mulher que matou.

Como o crime de feminicídio passa pela construção social, não é um tema que deve ser combatido apenas no âmbito da Segurança Pública, mas também da Educação, Saúde, Assistência Social, geração de emprego e o empoderamento feminino, por exemplo.

“A gente incluiu uma análise do suspeito em nosso relatório porque entendemos que é importante para a política pública preventiva compreender o perfil do suspeito, dos homens que cometem o crime para que possa elaborar políticas públicas da prevenção contra esses possíveis feminicidas”, destacou a superintendente do Observatório de Segurança Pública, Tatiana Pilger. 

 

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