Liminar TRT impede que Fecomércio afaste presidente
Na tarde desta segunda-feira(20) o juiz convocado do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, Nicanor Fávero Filho, deferiu uma liminar impedindo a realização de uma assembleia geral extraordinária na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio -MT) para suspender o presidente Hermes Martins da Cunha acusado de utilizar ilegalmente as contas da federação.
A assembleia tinha sido marcada por 10 sindicatos ligados aos setores econômicos de Mato Grosso.
O presidente diz que não foi dada a ele a chance de se defender das acusações perante seus colegas na própria federação conforme prevê o estatuto da instituição.
Hermes Martins da Cunha é acusado de realizar movimentações suspeitas nas contas da Fecomércio. Ele diz que são fraudes da época do ex-presidente da Federação, Pedro Nadaf, que teria confessado aos conselheiros da Fecomércio, que teria usado instituição para desviar recursos públicos à época em que era secretário do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
VEJA A NOTA DA FECOMÉRCIO NA ÍNTEGRA
A Fecomércio-MT informa, por meio da assessoria jurídica, que a reunião convocada por dez conselheiros, membros da diretoria, para deliberar sobre o afastamento do presidente, Hermes Martins, para apurar supostas irregularidades, foi CANCELADA pela Justiça (Processo Mandado de Segurança n. 0000025-56.2017.5.23.0000). A assessoria jurídica da Fecomércio-MT ressalta que um dos motivos para o cancelamento da reunião se deve ao fato de não haver nenhum indício de irregularidade na gestão do presidente Hermes Martins, que sempre manteve seus atos de gestão com total transparência. Além disso, os membros do conselho que pediram a Assembleia para deliberar sobre o afastamento não solicitaram em nenhum momento um procedimento administrativo para apuração de possíveis falhas de gestão, e nem tampouco, deram oportunidade de defesa ao atual gestor, invertendo, portanto, os procedimentos legais: primeiro apurar irregularidades, para somente depois, se houver indícios, pedir afastamento.
Ressalta ainda que todos os apontamentos feitos pelos conselheiros em questão, como supostas irregularidades cometidas na gestão do presidente Hermes Martins, já haviam sido devidamente esclarecidos em reuniões do Conselho, o que evidencia, em tais “denúncias”, interesses exclusivamente políticos, com a intenção de tão-somente prejudicar a imagem do atual gestor da entidade (visto que as eleições para presidência da Fecomércio serão realizadas novamente somente no segundo semestre de 2018).
FECOMÉRCIO-MT