Governo do MT cobra providências na BR-163 para escoar safra
Com os atoleiros causados pelas chuvas do trecho não asfaltado da BR-163 que liga Sinop a Miritituba no Pará, a estimativa é de que pelo menos 5 mil caminhões carregados de soja e milho, que seguiam para os portos paraenses do Arco Norte, estão parados no local.
O governo do Estado cobra providencia do governo federal para que resolva a questão de uma vez por todas e não prejudique mais o escoamento da safra de soja.
No trecho são necessárias obras emergenciais e estruturantes do Governo Federal. A rodovia já é a segunda rota mais importante para escoar a safra agrícola mato-grossense para os portos de Miritituba e Santarem, de onde os produtos são embarcados para mercados internacionais, como o da China e Europa.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), contabilizam os prejuízos com a carga parada e o custo com estadia para os caminhoneiros.
O problema é que os prejuízos do setor exportador são imediatamente repassados aos produtores mato-grossenses sob forma de frete mais caros e preços menores pagos pela produção local de soja e milho. Ou seja, os produtores e transportadores pararão a conta por muito tempo. E este ano já tiveram problemas nas lavouras com as chuvas na colheita.
O potencial de escoamento total é de 35 milhões de toneladas por esta rota.
O escoamento dos grãos de Mato Grosso pela BR-163 até o estado do Pará reduz em aproximadamente 1 mil quilômetros a distância aos portos, se comparada com a extensão da saída para o sudeste.
A manutenção e a pavimentação da BR-163 são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), que é vinculado do Ministério dos Transportes. Do trecho da BR-163 entre MT e o Pará só 86% da pavimentação está concluída (faltam 90 km). Já de Miritituba a Santarém, o trecho é de 335 km, e, ainda, restam 86 km para asfaltar (75% concluído).