Executivo Municipal dificulta ações de fiscalização da Câmara, denuncia Gilberto Figueiredo
Diante da situação de constrangimento vivenciada pelo vereador Abílio Júnior (PV) - em que o parlamentar, durante o exercício de fiscalização na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foi surpreendido pela presença de dois policiais a observá-lo -, o vereador Gilberto Figueiredo (PSB) manifestou apoio a Abílio e cobrou uma atitude da presidência da Câmara Municipal de Cuiabá.
“Dois policiais surgem espontaneamente durante uma fiscalização e ainda dizem que não é uma forma de intimidação. Espero que, pelo menos desta vez, essa Casa de Leis tenha uma postura colegiada unânime em defesa da moral dos vereadores”, ironizou Gilberto.
Durante manifestação na tribuna, Figueiredo criticou fortemente a postura do executivo municipal que, desde o início do atual mandato, não estabelece um bom relacionamento com os vereadores da Capital - sobretudo com aqueles da oposição. “Acho que não é inteligente impedir um vereador de fazer o trabalho de fiscalização”, afirmou.
De acordo com o vereador, antes mesmo de barrar atos de fiscalização - como o ocorrido com Abílio - a Prefeitura já negligenciava questões imprescindíveis para a cidade. No caso da Educação, Gilberto narra a falta de compromisso para com o Plano Municipal de Educação (PME).
“Há meses, estive na Prefeitura para uma reunião sobre o Plano Municipal de Educação, mas depois de esperar por duas horas, fui informado de que o prefeito teria outras prioridades naquele dia”, disse ao reiterar que uma nova reunião jamais fora agendada.
Para Gilberto, o executivo precisa melhorar urgentemente a comunicação com os vereadores de Cuiabá e trabalhar em conjunto com a Câmara, para que a população venha a colher os frutos de uma política que, de fato, acontece.
“Não somos só nós, vereadores, que precisamos reunir para debater o mau relacionamento com o executivo. A Prefeitura também precisa alinhar essas questões e unir o seu time de secretários - que fazem gravações para dizer que o prefeito não atenderá a ninguém, o que é um absurdo”, criticou.