Cabo é interrogado novamente e faz novas acusações
O cabo Gerson Luiz Correa Junior prestou novo depoimento ao juiz Murilo Mesquita na 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar, ontem(27) e acusou o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, de ter lhe oferecido dinheiro para poupar o governador Pedro Taques (PSDB) no envolvimento do caso dos grampos.
Paulo teria oferecido dinheiro a ele quando ainda estava preso no centro de custódia junto com ele, embora em celas diferentes. “O senhor Paulo pediu para não chegar ao governador, era a condição para me ajudar", declarou o cabo.
O esquema que foi um escândalo no governo Taques, ficou conhecido como “barriga de aluguel”, de números que seriam supostamente de envolvidos no tráfico de drogas no município de Cáceres, porém no meio havia números que não deveriam estar sendo gramepados como de jornalistas, advogados, deputados e empresários.
O cabo disse ainda que alertou a ilegalidade ao promotor Marco Aurélio. “Falei ao doutor Marcos que o crime de ameaça não gerava interceptação. Então, simularam o crime de organização para poder grampear. Eu formulei a denúncia anônima. Foi combinado com Selma para se declarar impedida para julgar o caso que envolvia a ameaça e repassado ao substituto. Não tinha nenhum fundamento que contra Silval e outros. Tudo fui eu que fiz”, revelou.
De acordo com ele, o Gaeco já havia usado esse método nas Operações Ouro de Toulo, que culminou na prisão da ex-primeira dama do Estado Roseli Barbosa, e Ventrílogo, Imperador e Metástase, que derrubaram esquemas de corrupção na Assembleia Legislativa.
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) disse por meio de nota que os fatos apontados pelo cabo Gérson não configuram “barriga de aluguel”.