Comarcas do Estado receberão detectores de metal

Em virtude dos casos de violência contra magistrados registrados em 2018, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) realizou a compra emergencial de 209 detectores de metal portáteis para aumentar a segurança nas Comarcas do Estado. A iniciativa visa garantir a integridade física de magistrados, servidores e visitantes que frequentam os fóruns, além de prezar pela segurança patrimonial.

 

As ações são acompanhadas de perto pela diretoria e membros da Amam, que se reuniu ao longo do ano com a Comissão de Segurança e diretoria do TJMT para discutir e propor medidas institucionais de segurança mais efetivas para a atuação judicante no Estado.

 

De acordo com o atual presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados, o juiz Tiago Souza Nogueira de Abreu, a entidade ainda na gestão anterior – sob o comando do ex-presidente, o juiz José Arimatéa Neves Costa – além de exigir providências em todas as esferas em relação a esses ataques à democracia, colocou-se à disposição para contribuir em relação aos estudos de soluções de curto, médio e longo prazo.

 

“Não é de hoje as reivindicações para a melhoria da segurança durante a atuação jurídica. Tivemos três casos recentes relacionados a atentados contra magistrados que foram evoluindo em nível de violência. Apesar de situações excepcionais, elas acabam por expor uma fragilidade em nossa atividade. Mas, a Amam em conjunto com a presidência do TJMT tem se esforçado para que se tomem medidas imediatas – como esta, de contar com detectores de metal portáteis”, ressalta.

 

Os aparelhos – que estão em fase de checagem – devem ser enviados gradativamente às Comarcas a partir das próximas semanas, cuja distribuição foi definida com base em um estudo acerca da demanda de segurança nos Fóruns. Comarcas como Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Diamantino, Lucas do Rio Verde, Primavera do Leste, Sorriso e Tangará da Serra irão receber quatro equipamentos cada.

 

Tiago Abreu reforça que cotidianamente os magistrados se colocam em risco durante seu exercício profissional. “Eles dão o sangue. E, muitas vezes, colocam suas vidas em risco para atuar nessa função que é tão delicada e importante para a democracia brasileira. Nós, magistrados, precisamos de proteção. Não são todos que podem ter um carro blindado, um policial à sua disposição ou escolta para a família”, sinaliza.

 



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