Delegado em Sinop diz que grupo desviava até R$ 300 mil por mês de empresa
O delegado da Polícia Civil de Sinop, Ugo àngelo Reck de Mendonça, confirmou que três funcionários de confiança e que exerciam cargos de chefia em uma empresa de metalurgia, sediada em Sinop, foram presos durante uma operação realizada, desde esta madrugada. Também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão com o recolhimento de vários carros de luxo, uma BMW entre elas e motocicletas de alta cilindradas. Somente em veículos foram apreendidos cerca de meio milhão. A ação policial se concentrou nos bairros Bela Suíça, Jardim Paraíso e Boa Esperança.
Ele também confirmou que a ação policial também está sendo realizada em Sorriso, Tangará da Serra, Alta Floresta e Rondonópolis. Em todas estas cidades são cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão. O delegado de Sorriso, Bruno Abreu, também confirmou que a operação já resultou na prisão de 14 pessoas, até o momento. Alguns são empresários que se beneficiaram com as fraudes dos funcionários investigados.
O valor desviado seria milionário e informações policiais apuradas apontam desvio de aproximadamente R$ 13 milhões. O delegado em Sinop também confirmou que a quadrilha movimentaria entre R$ 100 mil a 300 mil por mês. O esquema fraudulento funcionaria há alguns anos. Recentemente, foi detectado pela direção da empresa, que realizou a denúncia.
Ugo Mendonça explicou que os funcionários faziam contatos com clientes oferecendo o produto, entregavam e emitiam nota fiscal. Todavia, posteriormente, cancelavam esta nota fiscal como se a venda não tivesse sido bem sucedida. No entanto, o produto ficava com o comprador que pagava um valor abaixo do mercado para os integrantes do esquema. A empresa ficava no prejuízo. A assessoria da Polícia Civil apontou que, em dois anos teriam sido emitidas e canceladas cerca de 1.200 notas.
O delegado em Sinop afirmou ainda que empresários beneficiados sabiam do esquema e também são investigados e o principal suspeito de articular o esquema exercia função de confiança na empresa com salário mensal de cerca de R$ 15 mil. No entanto, seus bens não condiziam com seus rendimentos, o que levantou suspeitas.
O delegado informou também que, dos três presos, dois colaboraram com as investigações e confirmaram os desvios. O terceiro preferiu se manter em silêncio. As investigações continuam para coleta de mais provas contra a quadrilha e outros suspeitos.
Os suspeitos devem responder pelos crimes de furto qualificado, fraude, associação criminosa e crimes contra a ordem tributária. O delegado também informou que foi pedido o sequestro de todos os bens dos acusados, possivelmente para cobrir os prejuízos.
Em instantes, mais detalhes