Governo expõe empresas e chama setor produtivo de mentiroso em sua Página Oficial, acusa deputado
O Projeto de Lei Complementar 53/2019, que apresenta absolvição e anistia de créditos tributários relativos ao ICMS aprovado durante a sessão ordinária em Dezembro de 2019 pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso, apresenta seus reflexos negativos desde sua aprovação. No PL, as empresas, antes isentas, terão de cumprir com o pagamento dos tributos, acarretando aumento de preço no final de produtos e serviços.
“Infelizmente com a aprovação da Reforma Tributária, à qual fui contra, quem paga a conta mais uma vez é a população mato-grossense”, afirmou Ulysses Moraes.
Assim que foi aprovada, diversas empresas emitiram nota de esclarecimento alertando que os reajustes iriam ser repassados para o consumidor já nos primeiros dias de 2020. Com a manifestação destas empresas, o governo de Mato Grosso utilizou suas redes sociais, o site do governo e alguns veículos de comunicação para tentar convencer a população do contrário. Mas os setores produtivos tornaram público por nota de repúdio que a informação divulgada informando que não houve aumento das cargas tributárias, era falsa.
“A informação é verdadeira. Além de dizer que não houve aumento de impostos, o governo chama os setores produtivos de mentirosos, como se o aumento da carga tributária não fosse incidir no custo final do produto. Quero me solidarizar com as empresas que foram atacadas e expostas, pois são elas que geram renda e emprego no nosso estado e devem ser tratadas com respeito”, esclarece o parlamentar.
As carnes, antes isentas, iniciam o ano com aumento de 7%, ambulâncias e ônibus escolares antes comprados pela prefeitura com isenção, recebem reajuste de 12%, energia elétrica urbana até 27% de acordo com a faixa de consumo, já a rural até 30%, medicamentos 15%, etanol de 10% passa a cobrar 12,5%, material de construção passa de 10% para 17%, vestuário e madeira antes isento passa a pagar 8,5% de ICMS, e diversos outros setores sofrerão redução no poder de investimentos, encerramento de atividades, demissões e transferências para outros estados com carga tributária menor que a que foi aprovada em Mato Grosso.
Após perceber o erro, a equipe de comunicação do governo excluiu as publicações de todas as suas páginas oficiais.