Coleta seletiva de lixo em Sinop começará por 6 bairros

Seis bairros de Sinop – Celeste, Maringá 1 e 2, Jacarandás, Botânico e Paraíso 1 – serão os primeiros assistidos na fase inicial de implantação da coleta seletiva de lixo, no município. A meta é que em até sessenta dias os serviços iniciem, podendo ser lançado no dia 05 de junho, no dia mundial do meio ambiente. É o prevê planejamento conjunto entre a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e a Associação dos Catadores de Materiais Reciclados de Sinop (ACAMARES).

Inicialmente, 16 catadores ligados à Acamaris atuarão na coleta seletiva. Eles serão responsáveis pela coleta, separação, segregação e venda do material retirado dos bairros. Por meio de um termo de cooperação o Poder Executivo municipal fará a cessão de um caminhão aos catadores.

“Com o fechamento do lixão os catadores ficaram desamparados quanto à coleta de material reciclável. O objetivo dessa gestão da prefeita Rosana Martinelli é organizar estes profissionais e dar a estrutura necessária para que voltem a ter renda. Organizar este setor é importante”, afirma Luciane Bertinatto, secretária municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Até o início da coleta serão definidos os dias e horários em que a retirada dos materiais reciclados será realizada nos bairros. No entanto, conforme explica Luciane Bertinatto, deve ocorrer em dias opostos à retirada do lixo úmido na área urbana.

Nesta etapa, todo material recolhido será direcionado a um espaço provisório, cedido por uma empresa particular do segmento de comércio de resíduos, onde os profissionais serão acomodados. O ‘empréstimo’ se deve a uma parceria firmada entre os catadores e a Canaã Norte Resíduos, conforme explica o diretor João Luiz Crosara.

“Nossa empresa foi procurada pela Acamaris e já conhecemos o trabalho dos catadores desde 2009. Eles nos procuraram, relataram as dificuldades, entre estas, o espaço onde receber o material”, pondera.

A secretária de Meio Ambiente, Luciane Bertinatto, explica que o material reciclável oriundo da coleta será destinado à área particular cedida em empréstimo até que o Executivo implante o Ecoponto municipal. “Até o dia 10 de maio entrego para a prefeita Rosana Martinelli o projeto do Ecoponto. Neste local teremos uma balança, escritório, barracão para os catadores com estrutura de equipamentos, de segurança, refeitório, e área de transbordo para coletar o lixo úmido coletado”.

Responsabilidades Prefeitura

No plano de responsabilidade compartilhada, Executivo e Associação dos Catadores têm funções distintas. De um lado, o Executivo absorve para si todas as demandas necessárias no sentido de tornar viável a coleta seletiva: mobilização da sociedade, conscientização; atuação em parceria com as áreas de Meio Ambiente, Saúde, Educação, entre outras secretarias. Do outro, a Acamaris, por meio de seus associados, atua em frentes de coleta, organização com vistas à geração de renda.

Nesta relação, está descartada a destinação de recursos financeiros pela Prefeitura de Sinop. “A Prefeitura não vai pagar catador. Nesta parceria que estamos firmando, a prefeitura vai criar uma estruturação para o projeto da coleta seletiva, mas não irá disponibilizar recurso financeiro para manter financeiramente a Associação com e seus catadores. Vamos focar na estruturação, dar condições para que a coleta seletiva seja oportunizada”, lembra a secretária Luciane.

Menos resíduos em aterro sanitário
Desde a desativação do lixão de Sinop, todos os resíduos (de úmidos a recicláveis) gerados pelo município de Sinop são destinados ao aterro sanitário da localidade de Primaverinha, distrito de Sorriso.

O local é administrado pela Sanorte Saneamento Ambiental, empresa que venceu o processo licitatório para receber os resíduos gerados pelo município. A empresa vai colaborar com organização de implantação de coleta e inserção do catador.

“É de extrema importância a implantação da coleta seletiva e que se faça a inserção do catador para reduzir o volume de material reciclado que está entrando no aterro sanitário. Por quê? Este material posto no aterro não se consgue reaproveitar”, lembra a engenheira ambiental Renata Grasel. 



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