Advogado grampeado pode pedir anulação de eleição

O advogado José do Patrocínio que é um dos grampeados em Mato Grosso acredita que houve crime eleitoral e vai acionar o Tribunal Regional Eleitoral(TRE) da eleição que elegeu Pedro Taques em 2014. Ele disse que isso só depende de seus clientes. “O interesse todo é do PT e do PMDB. Eles é que vão dizer: tenho interesse, ou, não tenho interesse. Que eles foram prejudicados, eu não tenho dúvida. Estamos dentro de uma grande fraude eleitoral dentro do Estado de Mato Grosso”, disse o advogado.

Ele era coordenador jurídico da campanha de Lúdio Cabral do PT e acusa a que quem fez os grampos seriam a serviço do então governador hoje Pedro Taques. Patrocínio acredita ter sido grampeado com o objetivo “eleitoral” e na justificativa do grampo num processo criminal que apura a atuação de uma quadrilha internacional de tráfico de drogas em Mato Grosso.
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O escândalo de interceptações telefônicas passou ontem(14) no programa Fantástico, da Rede Globo.

Ele deu as declarações numa coletiva de imprensa na Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) na manhã da última sexta-feira (12). A instituição convocou o encontro para se posicionar em relação as escutas ilegais que teriam sido patrocinadas pela Polícia Militar – que com a justificativa de investigar uma quadrilha de tráfico de drogas atuante no Estado, também solicitou a quebra do sigilo telefônico de pessoas que não tinham relação com os crimes apurados. E que a polícia não possui “competência” (autorização) para realizar interceptações telefônicas, e também fez críticas ao poder judiciário e ao Ministério Público Estadual (MPE-MT), uma vez que, segundo ele, há autoridades com prerrogativa de foro – como deputados estaduais e federais, além de juízes e membros do próprio MPE-MT -, que também tiveram os telefones grampeados que não poderiam ter sido investigados sem autorização.

 



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