Operação Overpriced pode ser anulada por informação errada


Uma informação errada pode cancelar a Operação Overpriced, da Delegacia Especializada de Combate a Corrupção (Deccor) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que culminou na exoneração do secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho.

Segundo informações divulgadas pelo jornal A Gazeta dos autos do inquérito, a operação foi baseada em uma informação “incorreta” dos investigadores. É que na lista da Secretaria de Saúde consta caixa de ivermectina 6 mg, ao preço de R$ 11,90, fabricada pela V.P Medicamentos. Só que de acordo com o processo de compra, o valor lançado de R$ 11,90 se refere a uma caixa com 4 comprimidos de ivermectina, que daria um custo de R$ 2,97 a unidade.

Essa informação errada leva a um suposto superfaturamento de 459% se comparada a uma compra anterior do remédio da empresa Inovamed Comércio de Medicamentos feito pela secretaria no valor de R$ 2,59, a unidade.

Essa informação que seria equivocada pode ter levado a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Mendes se basear num suposto superfaturamento na compra do medicamento para emitir os mandados.


A magistrada chegou a afirmar com base nas informações da Deccor e do Gaeco que existiam indícios da prática dos “crimes de peculato e licitatórios, evidenciados pela ocorrência, em tese, de sobrepreço para promoção de desvio de verbas”.

O secretário pediu exoneração e ainda teve seus bens bloqueados em até R$ 715 mil, o total registrado no superfaturamento. Ele é investigado por supostos desvios em licitações voltadas ao enfrentamento da covid-19.

O prefeito Emanuel Pinheiro disse que Possas é de sua confiança.


 



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