Lucas de Rio Verde procura profissionais bilíngues

O mercado de trabalho em Lucas do Rio Verde (350 km de Cuiabá) está aberto para as pessoas que falam inglês fluentemente. A cidade, desde a sua formação, recebeu muitas empresas que possuem relações comerciais com países estrangeiros, o que torna a habilidade de se comunicar em outro idioma um diferencial.

Ciente dessa demanda e da grande dificuldade encontrada pelos empresários do município, o candidato, líder nas pesquisas eleitorais em Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz (Cidadania), incluiu a implantação do ensino bilíngue nas escolas da rede municipal da cidade a partir de 2021 em seu plano de governo.

Durante uma conversa com trabalhadores de uma grande empresa do município, Miguel destacou a importância da língua inglesa no mercado de trabalho luverdense.

“Temos aqui várias empresas multinacionais que já exigem uma segunda língua para a contratação em setores específicos. Queremos garantir aos nossos alunos as mesmas oportunidades que as crianças do ensino privado tem de estudar e falar inglês”, garante.

Miguel explicou que a ideia é oferecer as aulas de inglês no contraturno escolar dos alunos desde o 1° ao 9° ano do ensino fundamental. “Dessa forma investiremos na educação e no futuro dos nossos alunos, preparando jovens para assumir cargos estratégicos em grandes empresas”, avaliou.

 

Quem conseguiu a oportunidade

 

Taiane de Cássia, 24 anos, é exemplo deste cenário. Ela é recepcionista em um hotel, graduada em Relações Internacionais pelo Prouni (Programa Universidade para Todos) e se mudou para a cidade em busca do “Sonho Luverdense”.

A jovem veio do Recife (PE) e está em Lucas há apenas um ano. O fato de ter uma segunda língua no currículo foi essencial para ser contratada. “No hotel onde trabalho, apenas eu falo inglês e esse é o meu grande diferencial”, declara com um sorriso nos lábios.

Taiane conta que falar inglês era um sonho de menina e que foi conquistado com muito esforço e determinação.

“Eu me apaixonei pela língua inglesa na adolescência. Estudei muito e consegui um intercâmbio no Canadá, onde morei por seis meses. No meu retorno fiz mais um curso no Senai o que me capacitou a ter um inglês fluente”, afirmou.

 

Procura-se funcionários bilíngues

 

Lindalva Santos é gerente de um grande hotel da cidade e sabe bem como é difícil contratar pessoas que tenham no currículo a língua inglesa. Segundo ela, essa é uma exigência que está ficando cada vez mais comum em Lucas do Rio Verde.

“Com a instalação de multinacionais e o aumento do fluxo de estrangeiros na cidade a rede hoteleira precisou se adequar ao mercado com a contratação de profissionais que falem uma segunda língua”, argumenta.

A gerente explica que ainda tem muita dificuldade quando precisa contratar um funcionário para a recepção, por exemplo, que funciona em quatro turnos. “Ainda falta incentivo e oportunidades para que mais pessoas tenham acesso ao curso de línguas. Como é muito caro, a grande maioria não tem condições financeiras de pagar as aulas”, argumentou.

A empresária do ramo hoteleiro, Fabíola Gonçalves, que está em Lucas há 10 anos, acompanhou o crescimento da cidade e percebe a necessidade de cursos de formação de profissionais, o inglês é um deles.

Segundo ela, o agronegócio impulsiona a vinda de muitos estrangeiros para Lucas e a cada vez mais é necessário que a rede hoteleira acompanhe esse desenvolvimento.

“Aqui no hotel eu acabei suprindo essa necessidade de profissionais bilíngues, pois falo inglês e espanhol. Se eu precisar contratar um profissional que fala inglês hoje sei que terei dificuldades, pois até as escolas de línguas enfrentam esse problema, não encontram professores capacitados para dar aulas”, explicou.

 



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