Vereadores, polícia, autoridades e população debatem medidas para conter o avanço do crime

Um encontro no auditório da rádio Líder FM, na tarde desta quarta-feira (31/05), reuniu vereadores, autoridades públicas municipais e representantes de entidades, Polícia Civil, Polícia Militar, Conselho Comunitário de Segurança Pública (Conseg) e Grupo de Gestão Integrada (GGI) debateu com moradores comunitários – principalmente da região de Altônia, São Mateus e Santa Luzia – ações de combate à onda de assaltos e roubos nas comunidades rurais de Colíder.
O evento foi uma iniciativa do vereador Alencar Pereira (DEM) em parceria com a Câmara de Colíder. “Esse encontro foi muito produtivo. A sugestão partiu da comunidade, que vem reivindicando mais segurança, um direito que deve ser assegurado pelo Estado. É preciso tomar providências para inibir a ação desses marginais que aterrorizando o interior do município, que são menores de idade. Precisamos de uma solução”, destaca Alencar.
O comandante local da Polícia Militar, tenente coronel Sebastião Gonçalo Campos Pereira, disse que a PM está realizando patrulhamento rural sempre que possível. O oficial também confirma que as ações criminosas nas comunidades e na cidade são praticadas, em sua maioria, por infratores adolescentes. “Nós temos leis que fragilizam a segurança. A nossa [da polícia] competência é limitada. O adolescente não tem nada a perder. Ele sabe que vai ser liberado em poucos dias. E não é culpa da polícia, do juiz ou do promotor. É culpa da lei”, esclarece.
COMUNICAÇÃO E REFORÇO
O delegado de Polícia Civil, Rui Guilherme Peralta, pontua que é muito importante que a sociedade mantenha as forças policiais informadas sobre situações criminosas ou ilícitas. “Essa comunicação pode ser feita via telefone ou procurando a Delegacia para registrar um boletim de ocorrência, que pode ser feito como denúncia anônima, com a identidade preservada. A pessoa nem vai assinar. Isso é muito importante para o delegado ter uma informação oficial para iniciar uma investigação”, afirma o policial.
O presidente da Câmara, Rica Matos (PSD), sugere o uso da Guarda Municipal de Trânsito para o patrulhamento rural. “Nós podemos, sim, levar ela ao interior, onde o tráfego de veículos irregulares é muito grande. Não é prender o cidadão, mas apreender o veículo suspeito, que pode estar sendo usado para um roubo e outros crimes. E a Polícia Militar daria apoio, intensificando as rondas nas comunidades, passando em frente às casas e oferecendo uma sensação de segurança às pessoas do interior, que é o que elas cobram e precisam”.
É PRECISO PARTICIPAR!
Claudinê Aparecido Tosta, presidente do Conseg, cobra a maior participação da sociedade nos encontros que debatem segurança e outros avanços sociais. “Pedi que os representantes de bairro enviassem seus contatos para que pudéssemos marcar uma reunião para ouvir sugestões. Infelizmente, ninguém se manifestou. Não recebi um telefonema, não recebi um contato de ninguém. Lamento muito isso, porque é fácil criticar num grupo de WhatsApp. É cômodo estar lá no sofá da sua sala, no seu escritório ou tomando a sua cervejinha no bar, com acontece muito. Criticam, criticam, mas na hora de agir e de participar estão ausentes”, ressalta Tosta. 



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