Estado requereu Carta de Representação e não deu sequência às tratativas de compra de vacinas
O governo de Mato Grosso confirmou hoje que foi procurado por um representante da empresa Davati Medical Supply, chamado Helder Mello, que encaminhou email para a Casa Civil, em março deste ano, com oferta de vacinas contra a Covid-19 da fabricante Johnson & Johnson.
De acordo com ele, as vacinas seriam oferecidas ao custo de U$ 14 por dose, com prazo de entrega de até 10 dias após a assinatura do contrato. Ainda conforme o email, não seria necessário o pagamento antecipado.
Em resposta à oferta, o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, solicitou a Carta de Representação da empresa com a fabricante. No entanto, o documento não foi apresentado e o Governo não deu sequência a nenhuma tratativa com a empresa.
DETALHES – Ontem (04) foi exibido pelo Fantástico, uma reportagem mostrando mensagens que estavam no celular do cabo da Polícia Militar de Minas Gerais, Luiz Paulo Dominguetti tentando vender de forma paralela doses de vacina para o Governo de Mato Grosso.
O PM é investigado por se apresentar como representante da Davati Medical Supply, empresa com sede nos Estados Unidos e que seria intermediária na venda de imunizantes.
O telefone de Dominguetti foi apreendido durante sessão da CPI da Covid na quinta-feira (1º). Em uma das mensagens, ele diz a um interlocutor que Mato Grosso tem interesse na compra de doses da vacina Janssem, que é ligada à Johnson & Johnson.
A polícia já teve acesso há pelo menos 900 caixas de diálogos em aplicativos de mensagens já foram analisadas preliminarmente.
Nas mensagens o cabo da PM afirma que Amapá e Mato Grosso possuem interesse na compra de vacinas.
Em nota, a AstraZeneca afirmou que não trabalha com qualquer intermidiário no Brasil.
FOTO: GOVERNO DE MT