Servidores aprendem sobre ética no serviço público municipal de Sinop
Com poucos dias após virar o primeiro semestre de 2017, ou seja, com pouco mais de seis meses de administração à frente do Executivo municipal, a prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PR) vem mantendo, firme, sua plataforma de governo proposta.
Um dos pontos que ela faz questão de manter é a implantação do projeto Contato, um projeto que visa a humanização do servidor público municipal a fim de proporcional um maior entrosamento entre os colegas de trabalho, assim como um melhor atendimento ao contribuinte que busca seus direitos de cidadão através dos órgãos da administração pública municipal.
Na manhã de ontem, foi a vez de unificar alguns setores e fazer a apresentação da cartilha e, consequentemente, a primeira fase do projeto Contato, onde servidores do Meio Ambiente, Cultura, Desenvolvimento Econômico, Procon, Previ e Administração conheceram quais são os seus direitos e atribuições enquanto servidores públicos do município de Sinop.
A cartilha, tida como se fosse um manual para a vida profissional do servidor, é trabalhada de acordo com cada turma. O conteúdo é o mesmo para todos, mas as dúvidas recorrentes são as mais variadas, por isso, há uma flexibilidade grande em cada turma onde é apresentada.
Nessa em questão, apesar da grande diversidade de departamentos, as dúvidas foram, praticamente, as mesmas, haja vista uma grande gama de participantes ser funcionário efetivo e com vários anos de carreira e vida pública.
Foram tratados assuntos como ética profissional, assiduidade, pontualidade, documentação, benefícios e tudo mais que possa envolver a vida profissional do servidor. Um dos assuntos da atualidade, que a cartilha também traz, e que gerou bastante interesse dos participantes, foi a questão de propina.
A advogada Daniela Servegnani Constantini, que compõe a equipe do gabinete de gestão de pessoas, departamento responsável pela aplicação do projeto e inteiramente ligado à secretaria de Administração, lembrou que propina não se resume apenas à aceitação de dinheiro, mas qualquer vantagem ou presente vindo como troca de favor no exercício e cumprimento de sua função. “Se o contribuinte te oferecer um simples chocolate para conseguir uma vaga na creche e você aceitar, saiba que estará cometendo o mesmo crime que quem aceita um apartamento para aprovar o vencimento de um processo licitatório”, ilustrou.
Fátima Tenório Lotério, servidora desde 1992, disse que alguma coisas precisam ser mais lembradas para ficarem bem frescas na cabeça do servidor, pois assim ele não incorrerá no erro.
Já Neuzete Macedo, que também já ultrapassa a casa dos 20 anos de servidora pública municipal, disse que já tinha conhecimento de muitas coisas ditas, mas que nem sempre é tão simples praticar o que a cartilha prega, pois poderá ser mal interpretada pelos colegas. “É preciso cautela”, pontuou ao brincar que do mal da propina não morrerá, pois é telefonista, faz seu trabalho com satisfação e não precisa ver pessoas. “Ninguém me manda chocolates só porque eu fui eficiente na transferência de uma ligação ou na informação de determinado ramal e nem deveria, pois estou fazendo a minha função".