Depois de sinalizar recuo, governador é cobrado por senador a realizar obras de duplicação

 

O senador por Mato Grosso, Jayme Campos (União Brasil), comentou sobre a pressão em torno da mudança no pacote de obras da BR-163. Ainda ontem, o governador Mauro Mendes (União) reforçou que não tem como garantir que a duplicação será feita, uma vez que o governo do Estado é apenas concessionário da União, não tendo poder de decisão

Na ocasião, apesar de garantir estar satisfeito com solução temporária da Nova Rota (antiga Rota do Oeste) apresentada pelo diretor presidente da concessionária, Luciano Uchoa, na última quinta-feira (11), Jayme destacou que apenas “algumas melhorias” na Rodovia dos Imigrantes, não serão suficientes.

“Eu vi a proposta da Nova Rota quando estava em Brasília, eles se dispuseram a fazer algumas melhorias, mas isso não será suficiente. Porque quando a pactuação da concessão para a Rota Oeste, que assumiu a MT PAR era prevista a duplicação, como também os viadutos e trincheiras na região da Rodovia dos Imigrantes. Agora, deixar essa obra para segunda etapa, não vai ser muito bom, tendo em vista principalmente o fluxo de pessoas que circulam por essa região de Várzea Grande e tem um engarrafamento quase que permanentemente”, disparou.

Jayme não foi o único descontente com o projeto inicial da concessionária estadual, no início da última semana, o deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) chegou a tecer duras críticas ao Governo do Estado e ao governador Mauro Mendes (União Brasil), por não priorizar a região metropolitana da capital.

Representantes do município de Várzea Grande de longa data, os Campos citam o fluxo intenso de veículos de carga que transitam na região como principal justificava para priorizar as obras na região que interliga o município industrial à capital do Estado. Eles não podem duplicar lá em cima e esquecer da Imigrantes que possui apenas 28km. Mas de qualquer forma, o presidente da Nova Rota já garantiu para os deputados estaduais que até dezembro irão apresentar um projeto e até o ano que vem eles começam a fazer a duplicação”, destacou Jayme.

Governo pressionado - Ao comentar sobre a duplicação, Júlio chegou a afirmar que o Governo do Estado estaria tratando a Baixada Cuiabana com ‘desprezo’. Além, de declarar que em caso a Rodovia dos Imigrantes não fosse incluída no pacote de obras, iria ingressar uma ação contra o Governo.

Acontece que, após Júlio se reunir com Uchoa na última quinta-feira (11), a concessionária garantiu que as obras deverão começar em Várzea Grande, até o ano que vem.

Ainda ontem, o governador Mauro Mendes (União) reforçou que não tem como garantir que a duplicação será feita, uma vez que o governo do Estado é apenas concessionário da União, não tendo poder de decisão. "Não é uma rodovia estadual, é uma rodovia federal e o governo é concessionário de uma rodovia federal, e como qualquer concessão ele tem regras de contrato e regras que são definidas, modificadas ou não, não pela vontade do concessionário", enfatizou.

Diante disso, ele joga a responsabilidade da decisão para a ANTT. "Quem define esse contrato não é o governador, não é o presidente da empresa, não é o conselho, o que vai ser feito nesse contrato chama-se ANTT e contrato de concessão", enfatizou.

 

FOTO: ASSESSORIA



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