Identificação da madeira fiscaliza 1030 caminhões e apreende sete em nove dias
Nesta segunda-feira (31.07) finda o plantão do primeiro grupo de servidores do Indea no Posto do Distrito Industrial, local onde voltou a ser feito o trabalho de identificação da madeira. De acordo com levantamento feito pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap), a média de caminhões nos primeiros nove dias foi de 114 diariamente, sendo um total de 1030 caminhões fiscalizados com volume total identificado nesse período de 24.763 metros cúbicos, com uma média diária de 2751,44 m³.
Dos 1030 caminhões, sete foram retidos e encaminhados às autoridades com um volume de 200 metros cúbicos aprendidos, vale destacar que todos estavam com Guia Florestal e Nota Fiscal. Entretanto, a madeira descrita na Nota Fiscal e a Guia Florestal eram divergentes daquela que estava sendo transportada. Isso demonstra que o deputado Dilmar Dal Bosco estava equivocado quando alegava em suas justificativas que a identificação não era necessária porque a carga de madeira já vinha com uma Guia Florestal. Todas as cargas que foram aprendidas estavam com Guia Florestal, mas, como este documento é preenchido pelo madeireiro, o Estado, através do Indea, com a identificação, pode fazer a checagem se a informação citada confere com o que o madeireiro citou e, não estando de acordo, a carga é retida para as providências.
A receptividade dos caminhoneiros, conforme informaram os servidores, foi excelente. Aliás, é exatamente o que já esperavam, pois os motoristas sempre solicitaram que a identificação voltasse porque querem ter segurança daquilo que estão transportando e muitos dizem: “eu prefiro que tenha alguma irregularidade na carga e que seja descoberta na identificação e já sejam tomadas as providências aqui mesmo do que eu seguir com uma carga teoricamente certa e ser retido depois de rodar mais 400, 500 quilômetros e ser pego na saída do Estado na fiscalização”. Essa recepção positiva indica, portanto, que os motoristas sempre tiveram a identificação como uma atividade que os auxilia certificando aquilo que transportam.
Vale destacar que o posto recebe telefonemas o dia inteiro de empresários que querem fazer a identificação e perguntam se mudou alguma coisa em relação a quando era feita antes da suspensão e tudo é esclarecido pelos servidores. A questão dos representantes do Centro dos Produtores e Exportadores de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) estarem preocupados com a volta do trabalho por achar que não há estrutura adequada, a princípio está solucionada. O presidente do Indea, Guilherme Nolasco, interveio e, aparentemente, o fato de os representantes estarem diariamente filmando e fotografando no local todo o trabalho, está resolvido. Nada contra o setor acompanhar, mas da forma que estava sendo feito, com certa postura de intimidação fazendo filmagem dos técnicos, acabava constrangendo os identificadores.
Um aspecto positivo do trabalho no local, segundo os servidores, é que os reeducandos selecionados para ajudar sentem-se valorizados e estão felizes com o trabalho e os plantonistas muito satisfeitos com a colaboração dos mesmos que os auxiliam na atividade no momento de abertura do caminhão a fim de coletar as amostras para a identificação. O trabalho poderia ser feito sem eles, mas com um grau de dificuldade grande para os técnicos e os motoristas, que teriam que fazer a abertura dos caminhões e isto demandaria maior tempo no atendimento.
As instalações também já estão atendendo perfeitamente às necessidades, conforme constatado pela comissão de direção do Sintap que vistoriou o local antes e agora. Mas sempre há algo a melhorar e, no futuro, o ideal é ter outro espaço para a cozinha dos plantonistas e também a construção de um alojamento feminino.
O grupo do Sintap constatou que tudo o que foi prometido está sendo cumprido. Algumas coisas ainda dependem dos fornecedores, mas os Diretores e o pessoal da Coordenadoria que lidam com as compras e aquisições têm cobrado e se empenhado para solucionar aquilo que ainda não foi finalizado. A polícia militar também tem dado o apoio no Posto.