Advogado do Cuiabá é detido por desacato a oficiais de Justiça

 

Um advogado do Cuiabá Esporte Clube, identificado pelas iniciais R.L.L. (32), recebeu voz de prisão após desacatar dois oficiais do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O caso ocorreu na sede do clube nesta segunda-feira (31).

A prisão foi realizada no momento em que os agentes foram até o clube entregar uma notificação judicial, para redução de preço nos ingressos da partida entre o Dourado e o time do Flamengo, no próximo domingo (6).

Irritado com a situação, o jurista, além de se recusar a receber a notificação, ainda jogou o documento por cima do alambrado. A Polícia Militar então foi acionada pelos oficiais por volta das 9h na sede do Cuiabá Esporte Clube, onde narraram o fato aos PMs.

O FATO

Segundo os agentes públicos, ambos tinham ido ao local para entregar a intimação ao clube, destacando que foram recebidos pelo porteiro, que liberou a entrada dos oficiais.

Inicialmente, oS servidores da Justiça mato-grossense foram atendidos por um colaborador do setor financeiro do clube. Este, por sua vez, alegou aos oficiais que não tinha poder para receber a intimação. Com isso, os oficiais de Justiça pediram que o funcionário entrasse em contato com alguém que pudesse receber a documentação.

Quinze minutos depois, o advogado R. L. L. chega à sede do Cuiabá e, de maneira ríspida, afirmou aos oficiais de Justiça que não receberia nada e que era para eles ligarem ou procurarem o presidente do clube, Alessandro Dresch.

Os servidores do TJ insistiram para que o jurista entrasse em contato com o presidente, para que lhe fosse feita a devida intimação, ao que ele recusou e disse para que os oficiais fossem atrás dele por conta própria.

Em seguida, segundo o boletim, os oficiais informaram que o clube estava sendo intimado na pessoa do advogado e entregaram a ele o documento. Porém, segundo os agentes, assim que saíram da sala, os oficiais relataram que o advogado saiu logo em seguida, pegou a intimação, jogou para o lado de fora do alambrado e disse: “Aqui ninguém vai receber nada”.

Diante disso, os oficiais acionaram a Polícia Militar.

No local, os policiais conversaram com o advogado e solicitaram que ele os acompanhasse à delegacia em seu veículo pessoal, mas R. disse que iria na viatura para “adiantar o serviço”.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi informada e solicitada para que providenciasse um advogado para acompanhar R. L. L. até a delegacia.

Os envolvidos foram encaminhados até a Central de Flagrantes para registro e demais providências cabíveis. O Cuiabá não se pronunciou sobre o caso.

 

FOTO: CUIABÁ ESPORTE CLUBE



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