Copa Sul-Americana entra em sua reta final e campeão vai levar R$ 12 milhões
Os clubes brasileiros não almejam apenas vaga na Libertadores de 2018 com o título da 16ª edição da Sul-Americana. A premiação total de US$ 4 milhões (cerca de R$ 12,5 milhões) é outro atrativo que seduz Corinthians, Flamengo, Fluminense, Ponte Preta, Sport e Chapecoense, principalmente neste momento de dificuldade de crédito no País.
Por alcançar as oitavas de final, as equipes já garantiram US$ 925 mil (R$ 2,9 milhões). Foram US$ 250 mil (R$ 780 mil) pela primeira fase disputada e mais US$ 300 mil (R$ 936 mil) pela segunda. Quem está nas oitavas embolsa mais US$ 375 mil (R$ 1,2 milhão).
Um novo sucesso na disputa vai preencher bom espaço nos cofres dos clubes com mais US$ 450 mil (R$ 1,4 milhão). A chegada às semifinais eleva a premiação em mais US$ 550 mil (R$ 1,7 milhão). Valor que o Corinthians, por exemplo, não atingiu em sua bilheteria nos dois jogos disputados até agora no torneio.
Diante da Universidad Católica do Chile, o time de Parque São Jorge arrecadou brutos R$ 982.780,92 e contra o colombiano Patriotas obteve renda de R$ 1.593.595,90. Com 40 mil torcedores na arena de Itaquera, a equipe arrecada até R$ 2,4 milhões de renda. O time campeão recebe ainda, além do troféu, mais R$ 6,2 milhões de prêmio, com o segundo colocado ficando com a metade (R$ 3,1 milhões).
Para 2018, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) deverá apresentar mudanças para manter o interesse dos clubes brasileiros ao torneio. Isso porque a Copa do Brasil, que também oferece uma vaga da Libertadores ao campeão, terá premiação recorde na próxima temporada. O clube campeão ficará com um total de R$ 50 milhões, o vice receberá R$ 20 milhões. É bom dinheiro. Os semifinalistas ganham R$ 8 milhões e os times que alcançarem as quartas recebem R$ 4 milhões. A Libertadores este ano distribui ao primeiro colocado R$ 25 milhões ou R$ 27 milhões se o clube tiver participado da pré-Libertadores.
Argentinos dominam a competição
Não é de hoje que os campeonatos sul-americanos são dominados pelos clubes argentinos. Na Libertadores, os “hermanos” somam 24 conquistas, contra 17 das equipes brasileiras. Na Copa Sul-Americana a hegemonia é ainda maior. Nas 15 edições da competição, os argentinos estiveram presentes em 11 decisões, com sete conquistas. O tradicional Boca Juniors levantou a taça nos anos de 2004 e 2005.
Outro gigante do continente, o Independiente, dono de sete canecos pela Libertadores, também já colocou seu nome na história da disputa, ao ganhar em 2010. San Lorenzo (2002), Arsenal de Sarandí (2007), Lanús (2013) e River Plate (2014) completam a lista dos campeões argentinos. O Brasil é o segundo país a levar títulos, com três faixas no peito. O primeiro a dar a volta olímpica foi o Internacional, em 2008. De forma invicta, os gaúchos superaram o argentino Estudiantes, com um gol de Nilmar na prorrogação.
Quatro anos depois, o São Paulo precisou de 45 minutos para bater o Tigre, também argentino, por 2 a 0, no Morumbi. O jogo foi encerrado no intervalo, após briga entre jogadores argentinos e a polícia. No ano passado, a Chapecoense foi declarada campeã pela Conmebol, após o acidente aéreo que matou 71 pessoas na véspera do jogo decisivo contra o Atlético Nacional, em Medellín, na Colômbia.
REGULAMENTO
Clubes participantes
O torneio passou de 47 para 54 equipes, sendo que 44 delas se enfrentaram na primeira fase. As outras dez equipes vieram da Copa Libertadores (dois eliminados na terceira fase e os oito que terminaram em terceiro lugar na etapa de grupos) e se juntaram com os 22 classificados para a disputa da segunda parte do torneio. Os clubes têm de inscrever 30 jogadores para a disputa da competição e podem fazer quatro alterações na semifinal.
Fórmula de disputa
Os times se enfrentam em jogos de ida e volta em que o classificado é o que marcar mais gols somando as duas partidas. Em caso de igualdade, avança a equipe que marcou mais gols fora de casa. Se mesmo assim persistir o empate, a decisão vai para os pênaltis.