Acadêmicos de direito da Fausb VG repudiam demissão de doutora em direito
Em um ato impensado e por decisão unilateral da direção geral contra a democracia acadêmica, a Faculdades Integradas Desembargador Sávio Brandão (Fausb/VG) demitiu a professora doutora Solange Aparecida. O Centro Acadêmico e a comunidade acadêmica repudiam a decisão que compromete a qualidade de ensino da instituição.
Motivados pelo Centro Acadêmico, alunos do curso de direito, paralisaram em protesto a decisão administrativa da faculdade nessa segunda (21), período noturno. Estudantes do primeiro ao 10º semestres cruzaram os braços em busca de uma resposta pertinente em relação à decisão considerada arbitrária pelos alunos.
Embora a instituição de ensino superior até o momento não tenha justificado tal ato, a manifestação se torna justa pelas eventuais mudanças que possam ocorrer na grade curricular, sendo a drª Solange a professora que possui grande expertise jurídica. Os alunos não consideram a medida legal, entretanto, a faculdade age com naturalidade perante a indignação da comunidade acadêmica.
Demissão é uma conduta normal, porém a faculdade não se preocupa com a qualidade de bons profissionais e os descartam na descapitalização do seu próprio capital humano de conhecimento. Sendo a professora especialista e de expressivo notório saber jurídico, os atos da drª Solange Aparecida são aprovados e considerados relevantes e fundamentais para faculdade, uma vez que reativou o Núcleo de Práticas Jurídicas que contribui na formação e na capacitação prática e contínua do alunado.
Atualmente, o Núcleo foi reativado pela docente e conta com infraestrutura adequada e corpo docente competente no atendimento do alunado, e toda população várzea-grandense.
O Ministério da Educação e Cultura (MEC) tem o objetivo de creditar a qualidade dos cursos, a pontuação da Fausb-VG pode chegar a índices indesejáveis, com a dispensa desta relevante profissional que muito faz e fez pela comunidade acadêmica. O que parece é que a instituição está preocupada com retorno financeiro e não em garantir a qualidade da formação do aluno.
Recentemente, a professora foi alvo de questionamentos por parte da direção por querer empreender o bem e o desenvolvimento intelectual dos alunos e ter resultados satisfatórios junto à OAB. O que teria desagradado a direção, pois a decisão envolveria melhor investimento financeiro. A demissão não foi motivada por divergências pedagógicas, e sim uma notória intenção de perseguição política/administrativa em desfavor da doutora.
O ato está gerando instabilidade e ferindo os princípios e regras que um administrador possa obedecer para dispensá-la. Opiniões divergentes fazem parte da democracia, a demissão é um ato arbitrário contrário à democracia Federativa do Brasil.
Com cerca de 15 anos magistério prestados à instituição, a faculdade demonstra a instabilidade no exercício legal de sua profissão.
A estabilidade é também um direito constitucional que garante a permanência do profissional que não praticou ato ilegal que abone sua conduta moral. A dispensa motivada por questões políticas fere os princípios legais e jurídicos, além de causar um grande impacto negativo na vida dos futuros juristas.
Os alunos repudiam o ato de missão considerado desnecessário tendo em vista as perdas sociais e políticas da Faculdade.
Mais informações Centro Acadêmico, Rua Arthur Bernardes, s/nº, Bairro Ipase, telefone (65) 3363.1900.