Emanuel Pinheiro também teria recebido mensalinho, diz Silval
Em sua delação o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) apontou que o prefeito atual de Cuiabá, na época deputado estadual Emanuel Pinheiro teria recebido mensalinho para garantir apoio ao governo nos anos de 2012 e 2013.
A reportagem é da Folha de São Paulo publicada hoje(24). Segundo a reportagem Emanuel apareceria em um vídeo recebendo dinheiro vivo na época e ainda teriam outros deputados que também receberam, porém não foram ainda denunciados.
Segundo a Folha, esse material integra a delação premiada do ex-governador do Estado Silval Barbosa (PMDB), descrita como "monstruosa" pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, que homologou o acordo neste mês. Envolvidos nas investigações relataram que a entrega para Pinheiro registrada no vídeo teria acontecido entre os anos de 2012 e 2013 e que teria sido feita por Sílvio César Corrêa Araújo, ex-chefe de gabinete de Barbosa e seu braço direito no governo.
O pagamento, segundo Barbosa, seria uma espécie de "mensalinho" para garantir apoio dos deputados estaduais ao seu governo. O peemedebista afirmou que o esquema já estava em vigor na gestão do hoje ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), que o antecedeu no governo do Mato Grosso.
Além da gravação de Pinheiro, o peemedebista entregou pelo menos mais nove vídeos de deputados e ex-deputados estaduais recebendo propina.
Segundo a Folha apurou, ao menos dois dos flagrados exercem mandatos. Um deles é prefeito de uma cidade do Mato Grosso. O outro é deputado federal em Brasília, Ezequiel Fonseca.
Envolvidos no acordo afirmaram à reportagem que os valores da propina podiam chegar a R$ 80 mil.
O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso José Geraldo Riva também afirmou, no acordo de delação que negocia com a Procuradoria Geral da República, que o prefeito de Cuiabá se beneficiou do mensalinho.
DEFESAS- Emanuel negou que tenha recebido qualquer mensalinho e em nota refuta toda e qualquer ilação que possa ter sido alegada com intenção de enredá-lo nas supostas práticas criminosas que teriam sido admitidas numa possível delação".
O deputado Ezequiel Fonseca (PP-MT), disse que a informação de que recebeu propina "não procede".