Maysa Leão promove debate sobre saúde mental materna durante o Agosto Dourado

Redação

Na manhã desta quinta-feira (07), a vereadora Maysa Leão (Republicanos) levou à tribuna da Câmara Municipal de Cuiabá a enfermeira obstétrica Lais Cristina Arakaki e Silva para um pronunciamento sobre saúde mental materna, em alusão ao Agosto Dourado, campanha dedicada à promoção do aleitamento materno. A cor dourada faz referência ao leite materno, considerado o alimento padrão-ouro para os primeiros meses de vida do bebê — mas, como reforçado na fala da especialista, a saúde da mãe também precisa estar no centro do cuidado.
 
“Quando a gente fala de parto, falamos muito do bebê, mas pouco se fala da mulher. E a verdade é que ela nunca esquece como foi tratada no dia do nascimento do filho ou filha. É uma memória que impacta toda a sua vida”, afirmou a enfermeira Lais, que atua na área de assistência obstétrica, com experiência em saúde pública, Lais enfatizou que ainda falta humanização nos serviços de saúde, especialmente na rede pública.
 
“A gente tem uma intensa necessidade de melhorar a assistência ao parto e ao pós-parto. Em ambos os momentos, vemos que falta o apoio adequado. É primordial o olhar atento para o 1º encontro entre mãe e bebê, para esse momento de conexão.” disse Laís. 
 
A especialista também defendeu que a saúde mental da mulher seja compreendida como um aspecto essencial da assistência perinatal. “O mínimo que a gente espera é que essa assistência seja humanizada. Que essa mulher seja acolhida, que se sinta bem, que se sinta leve nesse momento. E para isso, todos precisam estar conscientes: legisladores, profissionais, familiares. Precisamos empoderar essas mulheres para que elas saibam que têm voz e poder nesse cenário — e em todos os outros que quiserem ocupar.”
 
A vereadora Maysa Leão reforçou o alerta sobre a ausência de atendimentos de saúde mental materna no ciclo gravídico-puerperal, especialmente na rede pública. “A gente fala muito de aleitamento materno, da saúde do bebê, mas precisamos perguntar: como está a saúde dessa mãe? É um momento de profunda mudança hormonal, física e emocional. Muitas vezes, falta rede de apoio, e mesmo quando a criança nasce saudável, sem nenhuma intercorrência, a mulher enfrenta desafios invisíveis”, pontuou.
 
Ela destacou as desigualdades no acesso ao cuidado. “Na saúde suplementar, essa mulher pode contar com psicóloga, doula, parto humanizado. A realidade no SUS, é diferente, por falta de estrutura e acesso a uma equipe multiprofissional, que na maior parte das vezes não está disponível. A consulta pediátrica nos primeiros meses é praxe, mas e a consulta de saúde mental da mãe?”, questionou Maysa.
 
A parlamentar também lembrou que o debate vem sendo construído com responsabilidade. “A doutora Lais já participou conosco do 1º Encontro de Saúde Mental Materna de Cuiabá, realizado aqui na Câmara, e hoje reforça esse compromisso com uma fala técnica, sensível e necessária. Seguimos trabalhando para que a saúde pública inclua, de forma concreta, a mulher como prioridade durante toda a jornada da maternidade.”


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