Gilson Machado faz apelo a aliados e diz que ex-presidente sofre emocional e fisicamente com a prisão domiciliar imposta pelo STF.

O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, aliado próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou neste sábado (19) que o ex-chefe do Executivo “está morrendo aos poucos”, em razão do que classificou como “perseguição política”. A declaração foi publicada em seu perfil na rede social X (antigo Twitter) e rapidamente repercutiu entre apoiadores bolsonaristas.

> “Conheço o presidente Bolsonaro. Ele está somatizando todo esse sofrimento. Bolsonaro está morrendo aos poucos. As pessoas que se elegeram por sua causa deveriam parar de disputar seu espólio político. Ele ainda está vivo e precisa de união. Devemos focar nossos esforços na volta da liberdade no Brasil”, escreveu Gilson.

Em um vídeo divulgado na mesma plataforma, o ex-ministro reforçou o discurso dramático, afirmando que o ex-presidente está sendo "executado psicologicamente".

> “Ele está sendo morto sem que ninguém manche as mãos de sangue. Que belo plano de execução: matar o presidente aos poucos, em silêncio. É cruel. Sonho todo dia que Bolsonaro possa voltar, ser abraçado e reeleito presidente do Brasil”, declarou emocionado.

 

As falas de Gilson Machado ocorrem em meio ao cumprimento da prisão domiciliar por Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão é cautelar e, segundo o magistrado, visa evitar risco de fuga e interferência nas investigações.

O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, em decorrência dos atos de 8 de janeiro de 2023.

Atualmente, Bolsonaro cumpre pena em casa, sob uso de tornozeleira eletrônica, com proibição de sair do país ou manter contato com outros investigados. A sentença ainda não transitou em julgado, o que significa que a defesa ainda pode recorrer.

Além dessa condenação, o ex-presidente responde a mais de 20 processos no Supremo Tribunal Federal, relacionados a investigações sobre o financiamento de atos antidemocráticos, disseminação de desinformação, interferência na Polícia Federal e ataques ao sistema eleitoral. 



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