José Antonio Kast vence eleições no Chile e direita retorna ao poder após quatro anos.

Candidato do Partido Republicano derrota Jeannette Jara no segundo turno e sucederá Gabriel Boric na Presidência.

O candidato de extrema direita José Antonio Kast foi eleito presidente do Chile ao vencer o segundo turno das eleições presidenciais. Segundo dados divulgados pela imprensa local, Kast obteve 58,18% dos votos, superando a candidata da coalizão governista de esquerda, Jeannette Jara, que alcançou 41,82%.

Com o resultado, o Palácio de La Moneda volta a ser ocupado pela direita após quatro anos de governo do presidente Gabriel Boric, encerrando um ciclo marcado por reformas sociais e forte polarização política. Kast torna-se o primeiro presidente chileno a declarar publicamente admiração pelo ex-ditador Augusto Pinochet, o que gerou críticas de setores progressistas e preocupação de organismos de direitos humanos.

Líder do Partido Republicano e um dos principais expoentes da extrema direita na América Latina, Kast chegou ao segundo turno como favorito nas pesquisas. Durante a campanha, defendeu a adoção de um “governo de emergência” para combater o avanço do crime organizado, tema que ganhou centralidade no debate eleitoral. Já Jeannette Jara, ex-ministra do Trabalho, apostou na continuidade das políticas do atual governo, com foco em direitos sociais e fortalecimento do Estado.

A derrota da candidata governista foi reconhecida ainda nas primeiras horas da apuração, diante da ampla vantagem do adversário. Analistas avaliam que o resultado reflete o desejo de parte significativa do eleitorado por mudanças, impulsionado pelo aumento da criminalidade, da imigração irregular e pela percepção de insegurança no país.

Aos 59 anos, José Antonio Kast, advogado, assumirá a Presidência da República do Chile para o mandato de 11 de março de 2026 a 11 de março de 2030. Entre os principais desafios do novo governo estão a estabilização política e econômica do país, os efeitos prolongados da pandemia, as consequências do fracasso do processo de reforma constitucional e o enfrentamento da crise de segurança pública, apontada como uma das maiores preocupações da população chilena. 



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