Silval diz que todas as eleições da mesa diretora da AL foram compradas

Em mais um trecho da delação do ex-governador Silval Barbosa disse que desde 1999 quando passou a fazer parte como deputado estadual da Assembleia Legislativa, que as eleições da mesa diretora são compradas por meio de votos. “Não me recordo de nenhuma eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do ano de 1999 até os dias atuais que não tenha sido realizada mediante o pagamento de propinas”, disse Silval.

Segundo ele cada deputado recebia um valor que variava de R$ 100 a R$ 250 mil. O dinheiro ajudava os deputados a pagarem contas feitas durante as campanhas eleitorais.

Silval cita como exemplo a eleição da mesa em que foi primeiro secretário do ex-presidente da casa de leis José Riva em 2003. Cada deputado recebeu R$ 150 mil para votar neles.

Entre os citados estão deputados que ainda estão Joaquim Sucena (PFL), Carlão (PSDB), Alencar Soares (PSDB) e José Carlos de Freitas (PPB), Campos Neto (PFL), Carlos Brito (PSDB), Chico Daltro (PDT), Dilceu Antônio Dal Bosco (PSDB), Eliene José de Lima (PSB), Hermínio José Barreto (PR), João Antônio Cuiabano Malheiros (PR), Mauro Luiz Savi (PSB), Pedro Satélite (PSDB), Sebastião Rezende (PSC) e Sérgio Ricardo (PR).

Para pagar os deputados Riva e Silval teriam feito empréstimo com Valcir Piran no valor aproximado de R$ 20 milhões e ainda teria havido suplementação do orçamento feito pelo então governador Blairo Maggi para ajudar. “Blairo Maggi aceitou suplementar o orçamento da Assembleia Legislativa sabendo que tais recursos seriam utilizados para a obtenção dos retornos necessários para o pagamento das propinas aos deputados estaduais”, contou.

Quando foi eleito presidente em 2005 o esquema subiu para um R$ 200 e R$ 250 mil por deputado.

 



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