Colíder enfrenta desabastecimento de água
O sistema de captação de água vem trabalhando no seu limite nos últimos anos em Colíder. Este ano, devido ao rigor da estiagem, a situação piorou. Com a falta de chuva, a vazão do rio Carapá -- que alimenta um reservatório de 300 mil litros -- caiu drasticamente. Alguns bairros da cidade já enfrentam o desabastecimento. Além dos moradores, a rotina de comércios e escolas já está sendo prejudicada devido à falta de água.
Essa crise fez com que o vereador Luciano Milani (PMDB) encaminhasse à empresa Águas de Colíder um requerimento convocando a diretoria para prestar durante sessão ordinária da Câmara Municipal informações sobre a captação, distribuição de água, serviços de esgoto e possíveis investimentos em melhorias.
“O investimento na distribuição de água é muito fraco. E não podemos culpar apenas São Pedro. Conversei com um empresário da cidade e ele disse que se não melhorar terá que fechar as portas do estabelecimento exclusivamente por causa da falta de água”, relata Luciano.
O vereador aponta a abertura de poços artesianos como uma das soluções para evitar o desabastecimento em Colíder. “Em Cuiabá, por exemplo, grande parte da cidade é abastecida por poços artesianos. E aqui em Colíder ainda esperam um milagre de São Pedro e pela água do rio Carapá, que já tem água mais. Tá só o barro lá”, lamenta.
Luciano Milani afirma que a troca de comando da concessionária de água não resulta em novos investimentos. “A antiga CAB virou Águas de Colíder, mas não resolveu nada. Eles simplesmente trocam a CNPJ, não investem em nada na cidade, não tem água, mas aumentam o valor da conta de água”, comenta.
“Eles simplesmente chegam em nossa cidade colocam lá ‘Águas de Colíder’, nome bonito, mas água que é bom e que as pessoas realmente esperam nas suas casas não chega do jeito que deveria chegar. A águia está sendo racionada. Vem aqui somente em busca de grandes lucros, mas não pensam na qualidade de vida do cidadão. Então, está na hora de a gente rediscutir isso e não aceitar mais esse tipo de coisa em nossa cidade”, pontua Milani.