Concessionária alerta para racionamento de água em Colíder
Se não chover, o abastecimento de água deverá ser racionado a partir da próxima semana em Colíder. A informação foi repassada aos vereadores Dóris Sguizardi (DEM) e Ruam Batista (PTB) por funcionários da Águas de Colíder durante a visita que os parlamentares realizaram na tarde de terça-feira (19.09) à estação de tratamento de água.
O município não enfrenta uma estiagem tão forte desde 2011. Os coordenadores operacionais da concessionária Maikon Antônio Cação e José Carlos Neves explicam que já está pronto um plano de racionamento de água para a cidade. Entre as ações, está o rodízio no fornecimento e distribuição. Para isso, a empresa dividiu a cidade em três setores.
O rio Carapá, que abastece o sistema de distribuição, está com o volume de água muito baixo e quase não é suficiente para encher o reservatório da concessionária. Para tentar minimizar o problema, a empresa está construindo uma tubulação de um quilômetro para captar a água de um açude particular.
“Estamos enfrentando um momento bastante preocupante devido à falta de chuva. E se não chover até segunda-feira, provavelmente teremos o fornecimento de água setorizado na cidade nos próximos dias. Por isso, é importante que a população colabore e evite o desperdício de água”, pontua Dóris.
O RIO AGONIZA
Dóris e Ruam também foram conferir de perto a situação do rio Carapá no trecho que antecede o sistema de captação de água. E o que encontraram não foi nada bom. Além do nível baixo, a água está muito suja e a situação ambiental no entorno é preocupante. Toda a área fica dentro de uma pastagem e o gado, aos poucos, vai destruindo todo o manancial.
Os vereadores também ficaram chocados com a grande quantidade de lixo espalhada por todo o pasto e no meio das poucas árvores que ainda resistem às margens do rio Carapá. Dentro de um saco jogado por algum morador despreocupado havia um animal morto.
“O que a gente viu ali foi um rio agonizando em seu leito de morte. Há lixo jogado por todo o local. Sem proteção, com certeza, o Carapá está fadado a desaparecer em poucos anos”, lamenta Ruam Batista. “Precisamos mobilizar a sociedade e as autoridades para recuperar o entorno do rio Carapá. E com urgência”, acrescenta Dóris Sguizardi.