Estatais que rendem milhões

Se há uma bandeira que deve ser analisada com precaução, mas com urgência, é a privatização. O assunto rende longas discussões e tópicos interessantes que merecem atenção. Atualmente, existem aproximadamente 170 empresas estatais, isso em âmbito federal.

 

Roberto Campos já afirmava, "No Brasil, empresa privada é aquela que é controlada pelo governo, e empresa pública é aquela que ninguém controla".

 

Em 2003 tivemos o boom das estatais, de 103 para o número copioso que vemos hoje. São de encher os olhos e os bolsos dos que às cercam, por isso o interesse constante na defesa e aumento dessas.

 

Uma empresa gerida pelo governo não passará por maus tempos, logo, não se sujeita a matemática de lucros e prejuízos. Indo além, nem de eficiência, excelência e concorrência. Desculpem-me os defensores, mas quem tem como seu maior acionista o Tesouro Nacional, leia-se nós, pagadores de impostos, não há com que se preocupar, afinal, todos os déficits serão cobertos pelo mesmo.

 

Por baixo dos panos – nem tão por baixo-, uma fonte inesgotável de desvios milionários, propinas e supervalorização em relação ao real mercado, como vemos frequentemente.

 

​Uma gestão ineficaz com um planejamento insensato. O governo fica sem saber onde priorizar a aplicação e investimento, assim as estatais se aproveitam e pedem aporte ao Tesouro Nacional como se fosse mesada. Fábricas de desperdício e ineficiência. E na próxima gestão começa tudo novamente, um ciclo vicioso. Milhões que deveriam ser destinado à construções de escolas para o ensino básico, hospitais e segurança.

 

O guia crítico para direcionar esse dinheiro vai de acordo com a necessidade, e pasmem, não a necessidade da população, mas a necessidade de cada político plantado ali, de cada licitação fajuta ou partido, um jogo constante de interesse e ambição.

 

​Por isso é cada vez mais difícil privatizar empresas no estado. As estatais se tornam rota protegida de políticos, que tem acesso “livre” aos cofres fartos.

 

​Já as empresas privadas, passam por uma série de provações do governo, que por fim acabam sendo controladas também, mas de outra forma.

 

​Porém, de nada adianta a privatização se o estado interferir ou escolher a dedo como acontece. O monopólio privado não é progredir, é necessário desestatizar. As empresas nacionais ou estrangeiras estão interessadas em lucro e essa consequência só vem se estiverem satisfazendo o consumidor. A concorrência é necessária e primordial para a excelência, melhores preços e maior qualidade, fora a geração de empregos. Contribuir para transformar o Brasil num país mais justo e com oportunidades para todos!

 

Não é a presença do estado que se faz necessária, muito menos o poder de controlar o mercado, escolhendo quem pode e quem não pode entrar. Trabalhemos pela ausência de barreiras à entrada e saída.

 

A privatização e desestatização não só aumenta as escolhas dos consumidores, mas diminui drasticamente o desperdício de gastos públicos e consequentemente aumenta recursos para o que realmente se faz necessário na qualidade de vida de um cidadão contribuinte.

 

​Logo, o dinheiro dos impostos seria exclusivamente das necessidades reais da população, e não para financiar luxos de políticos e laranjas.

 

​Voltamos assim na oxigenação do cenário político e na renovação. Pessoas altruístas representando de fato uma sociedade merecedora, sem qualquer influência nas barganhas políticas e financeiras.

 

 

 

Junior Macagnam é empreendedor em Cuiabá. 



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