Mutirão envolve comunidade em prol da agricultura urbana
Promovido pelo Projeto Transição Agroecológica da Rede de Cooperação Solidária de Mato Grosso (Recoopsol), o primeiro mutirão de Agricultura Urbana foi realizado nesta terça-feira (17), no Bairro Planalto, região leste de Cuiabá. Após a conversa, foram organizados grupos para realizar a higienização do local. Enquanto um era responsável pela poda das árvores, os outros faziam a capina, manuseio da roçadeira e retirada de entulhos e vidros.
Logo após o fim do almoço compartilhado, uma das organizadoras do mutirão, a engenheira florestal e técnica da Recoopsol, Daiane Oliveira iniciou as atividades da tarde conscientizando a população para que não utilizem o espaço como depósito de lixo. Daiane salientou também, os benefícios da Agrofloresta para a comunidade local e a importância das oficinas, consideradas ótimas ferramentas no conhecimento das diversas práticas sustentáveis.
As atividades exteriores começaram com o transporte do material roçado para a área dos fundos. O objetivo era reunir uma pilha de compostagem, um ingrediente fundamental na produção de adubo. Depois disso, os participantes do mutirão fizeram um dimensionamento das áreas de plantio, com duas linhas práticas para um futuro plantio de feijão guandú. Nas ruas, o grupo já realizou o plantio de mandioca, feijão carioca e milho.
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Apesar da principal atividade do evento ser a limpeza da área para a construção da agrofloresta, o encontro ainda teve conversas o tenente coronel Franklin Epiphânio da Rede Cidadã da Polícia Militar e a assessoria da deputada federal Rosa Neide (PT), além de uma breve apresentação dos participantes com seus respectivos nomes e bairros. |
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A coordenadora de projetos sociais no Departamento de Assistência Social da Fundação Bom Jesus de Cuiabá Miguelina Sampaio, afirma que o evento contribuiu para a articulação do trabalho em equipe, limpeza e organização do espaço, o qual determina como um bem comum da população. A coordenadora diz que não esperava a presença massiva de residentes dos outros bairros da capital. Além do mais, ela destaca que os sistemas agroflorestais são necessários ao desenvolvimento de uma alimentação segura e saudável, livre de agrotóxicos. “Juntos e juntas podemos cuidar de um espaço sagrado que é a comunidade”, declara.
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O morador do bairro Santa Helena, Reginaldo Barata afirma que a etapa do mutirão do Planalto, revelou a necessidade de outros passos em direção à consolidação do sonho da agrofloresta urbana no local onde mora. Ele ressalta que o projeto intensifica a segurança alimentar, a mesa farta, o engajamento e o compromisso coletivo. “Aqui ressalto a importância de estar participando de cada etapa do projeto, que me leva a concluir que mulheres e homens simples, dos meios populares, atuando sob seguras orientações, fazemos da terra o nosso confiável endereço de buscar o bem viver”, salienta.
Reginaldo finaliza dizendo que a agrofloresta foi propulsora de uma maior união do grupo, além de estimular outras pessoas a fazer parte e elemento chave para que a área se tornasse um espaço de produção agrícola. “Acreditamos que posteriormente, o bairro se beneficiará, cumprindo uma das metas que é socializar o projeto com os moradores e colocar o excedente produzido à venda abaixo dos preços de mercado.”, finaliza.
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- FONTE: isadora dias
- | EDIÇÃO: isadora dias