Live aborda câncer que matou 194 mulheres em MT
Dados do Atlas da Mortalidade do Câncer, disponibilizados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, mostram que 194 mulheres com câncer de mama perderam a batalha em Mato Grosso, o que representa uma taxa de mortalidade de 6,11 mortes a cada 100 mil habitantes. Para reduzir estes números, no entanto, iniciativas como a do Outubro Rosa, que acontece neste mês, buscam alertar a sociedade sobre a necessidade dos exames preventivos. Pensando nisso, Renata Leitão, advogada e esposa do candidato ao Senado, Nilson Leitão, fará uma live nesta quinta-feira (08.10), às 19h, a fim de discutir o tema. Ela será exibida na página oficial de Nilson.
Renata Leitão, em parceria com a gestora pública, Sirlei Theis, irá abordar um assunto que faz parte do cotidiano e que ainda afeta a muitas mulheres. “Estamos vivendo um momento delicado e único, com a pandemia e a crise financeira atingindo a todos, sobretudo as mulheres. Além das lutas diárias, temos que ficar atentas e termos o cuidado com a nossa saúde. As campanhas de conscientização, entre elas o ‘Outubro Rosa’, vêm somando nesse processo de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama”, afirma.
Com o intuito de dialogar com outras mulheres para, assim, entender a realidade de cada uma delas, ela também contará com a participação convidadas especiais, dentre elas Thelma de Oliveira, esposa de Dante de Oliveira. “Estamos a poucas semanas da eleição, e a ideia de convidar as mulheres para falarmos sobre esta temática é, justamente, abrir esse diálogo com elas para entendermos melhor suas necessidades, para que a mulher tenha cada vez mais voz na política, pois acredito que esse é o caminho para novas conquistas e a consolidação das já alcançadas”, diz.
Em 2012, enquanto deputado federal, Nilson Leitão (PSDB) conseguiu incluir hospitais de Sinop e Rondonópolis no Programa de Aquisição de Equipamentos de Radioterapia para o tratamento do câncer. Até aquele momento, apenas Cuiabá possuía o aparelho necessário para a radioterapia, o único equipamento responsável por atender pacientes de todo o Estado. Assim, a medida permitiu que pacientes do interior conseguissem atendimento digno na região sem a necessidade de se deslocar até a capital. Em 2016, Leitão destinou R$ 150 mil em emenda parlamentar para a Associação Mato-grossense de Combate ao Câncer (Hospital do Câncer).
A luta contra o câncer faz parte da família de Nilson Leitão, isso porque sua irmã teve câncer de mama duas vezes: em 2005 e em 2013. A administradora Cláudia Mara Leitão Martins, aos 45 anos, conta sua história de sobrevivência. Para ela, é essencial continuar a debater o Outubro Rosa. “A live é um serviço social. Por mais que se fale, por mais que se discuta o assunto, é muito importante que ele seja divulgado, e esclarecido por pessoas, tanto da área técnica quanto por aqueles que passaram pela experiência e possam falar de forma simples. Eu acho válido e é uma iniciativa que deveria acontecer mais vezes, como forma de alerta”, ressalta.
Ela relembra que escutar o diagnóstico foi difícil pela primeira vez, mas ainda pior pela segunda. Cláudia ficou decepcionada, porém teve que seguir em frente. Felizmente ela pode contar com uma boa equipe, mas acabou precisando fazer uma cirurgia para a retirada de um seio. “No segundo tratamento tive que tirar a mama, fazer a mastectomia total”, revela.
“A experiência do câncer me trouxe um olhar mais paciente, mais aberto para tudo, par não fazer as coisas com tanta urgência. Aprendi a estar mais próxima das pessoas que eu quero bem, que eu amo, e a não ser tão crítica. É olhar a vida com mais suavidade. Trabalhar, mas trabalhar e descansar, ter tempo para a família e para você. Fazer o que gosto. Aprendi a ser mais tranquila. Não que a pessoa precise ter câncer para olhar carinhosamente para si, mas o choque faz com que a gente reflita sobre tudo isso”, conclui.
Segundo Cláudia, é essencial que a paciente investigue a doença, mesmo depois do medo do diagnóstico. “Ligue para o especialista, porque quando aparece qualquer coisa, é preciso correr atrás. Não deixe para depois, tenha pressa. O temor pode te matar. Se você faz exames de controle, faça-o religiosamente. É preciso colocar como uma rotina, porque se você tiver já vai ficar sabendo e poderá iniciar o tratamento”, finaliza.