Projeto de lei cria programa “Vida Nova Mulher Mastectomizada”

O deputado estadual Dr. Gimenez explica que o diagnóstico tardio do câncer entre as brasileiras leva a maioria delas ao procedimento que é altamente invasivo

 

Da Redação

 

Cerca de 80% das pacientes brasileiras diagnosticadas com câncer de mama precisam recorrer à mastectomia (cirurgia de remoção da mama) para salvar suas vidas. Com o objetivo de oferecer apoio a essas mulheres em Mato Grosso, o projeto de lei nº 898/2020 cria o programa "Vida Nova Mulher Mastectomizada".

 

Conforme o deputado estadual Dr. Gimenez (PV), autor da proposta, no Brasil e também no estado, a falta de diagnóstico precoce aliada à demora no acesso a consultas, exames, biópsia e tratamento tem levado muitas mulheres a detectar tardiamente o câncer de mama, gerando esse triste resultado.

 

“O programa, a ser oferecido pela Secretaria Estadual de Saúde, tem por finalidade apoiar, orientar, tratar, reabilitar e reintegrar pacientes e ex-pacientes carentes acometidos pelo câncer de mama. Neste caso, considera-se carente a mulher cuja renda familiar não ultrapasse três salários-mínimos”, esclarece o parlamentar.

 

A proposta estabelece a necessidade de equipes multidisciplinares formadas por médicos, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas com a finalidade de oferecer: amparo psicológico individual e social à mulher mastectomizada, além de local apropriado para realização de reuniões de esclarecimento e a realização de exames periódicos de ultrassonografia e mamografia com a finalidade de controle ou prevenção ao câncer de mama.

 

“Também temos a preocupação de garantir acesso rápido ao oncologista, proporcionando tratamento farmacêutico, quimioterápico e radioterápico imediato; chegaram muitas denúncias até nós de que a fila da Central de Regulação é uma “caixa de Pandora” e que muitas delas precisam pagar por exames e consultas se quiserem atendimento rápido, precisamos mudar isso”.

 

Outras garantias do projeto de lei são: aquisição de perucas, lenços, gorros, luvas, próteses externas e sutiã adequado para o seu uso, sendo de bolinhas de isopor, no período imediato pós-operatório e próteses externas de silicone, às pacientes em tratamento quimioterápico; estímulo à criação de grupos que possam oferecer oficinas de artesanato, visando uma interação mais efetiva entre mulheres mastectomizadas, bem como um momento de troca de experiências entre elas.

 

Números - Uma entre 10 mulheres poderá desenvolver a doença no Brasil, em especial após os 35 anos de idade. Em muitos casos, para controle da doença, faz-se necessária a mastectomização parcial ou total da (s) mama (s) acometidas com o problema. Trata-se de uma intervenção cirúrgica altamente comprometedora para a psique feminina, pois afeta a estética das mulheres, o que em muitos casos reduz muito sua autoestima.

 

“Como, infelizmente, o câncer de mama em países do terceiro mundo é diagnosticado muito tarde, a mastectomização costuma ser total, causando ainda mais abalos as mulheres que tiveram que passar por este procedimento. Evidentemente, além do tratamento médico, para prevenir o retorno do problema, é fundamental oferecer a essas mulheres um apoio psicológico indispensável”.

........................................
Leiam no portal
https://www.drgimenez.com.br/artigo/outubro-rosa-projeto-de-lei-cria-programa-vida-nova-mulher-mastectomizada 



INFORMES PUBLICITÁRIOS