As mudanças causadas pela pandemia nos espaços educativos

No mês de novembro, foi discutido em dois grandes eventos de Educação a Distância de caráter nacional e internacional, o XVII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância (ESUD 2020) e VI Congresso Internacional de Educação Superior a Distância (CIESUD 2020), o ensino em meio a pandemia, seus desafios, superações e novas formas ensino.

Em 2020 foi posto em discussão as formas de se comunicar, os laços sociais e parentais e as formas de ensinar e aprender. Destacando-se dois aspectos principais em discussão: como a virtualidade tem desempenhado um papel fundamental a nível global para a comunicação e análises conjuntas de cientistas e políticos sobre o comportamento do vírus e as possíveis soluções para a pandemia e, como a digitalização tem se evidenciado para enfrentar a crise causada pelo apagão da presença física nos espaços de educação de todo o mundo, passando para o estudo remoto de forma de garantir o direito à educação e permitindo que as instituições educativas de todo os níveis continuem com a vida acadêmica.

A virtualização tem apresentado um espaço imprescindível nos campos de saberes das profissões, desta maneira, os planos de contingência criados pelos centros educativos de todo o mundo sobre a base de manter vínculos virtuais entre alunos e professores puderam ser compatíveis para manter a saúde física, sem deixar os estudos de lado. Algo novo que estudantes e professores tiveram que aprender para poder continuar avançando. As universidades e todas as instituições educativas estão enfrentando suas próprias crises com novos desafios, com a necessidade de trabalhar em casa, de desenvolver novas maneiras de aprendizagem e incorporar de forma suficientes tecnologias no dia a dia acadêmico.

Foi com a pandemia que as universidades presenciais que raramente haviam clamado por ensino remoto, tiveram que instalar essa forma de ensino, como busca de solução para continuar com as aulas. É importante destacar que as aulas não presenciais foram muitas vezes confundidas com aulas de Educação a Distância (EaD), que já ocorrem há muitos anos e que são preparadas e executadas por profissionais especializados, diferente do que ocorreu na pandemia, em que muitos professores não haviam esse preparo e foi preciso então que muitas universidades passassem a oferecer cursos e treinamentos para esses profissionais.

Esse cenário mostrou que é preciso analisar e fazer possíveis mudanças não só agora na pandemia, mas em cenários futuros. A pandemia mexeu com toda a comunidade educativa e as universidades e, depois de tudo isso que se foi vivido em 2020, será difícil voltar para o mesmo lugar que estavam antes da pandemia. É preciso usar essa situação como uma oportunidade para rever as formas de interpretar o novo mundo que queremos e as formas de encarar a nova realidade.

A preocupação de alinhar as bases dessa nova realidade, antes de pensar no futuro, é preciso pensar no passado imediato e presente para poder abordar o ensino e as formas de permitir no futuro resolver problemas e garantir a nova normal continuidade da universidade nesse tempo de pandemia. Nesse contexto, as universidades de todo o mundo puderam preservar a saúde e a continuidade do trajeto acadêmico, garantindo dessa maneira o direito à educação.

O evento contou com palestrantes de renome nacional e internacional e a participação de universidades brasileiras como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O próximo acontecerá em Novembro de 2021, na cidade de Natal (RN), de forma híbrida, promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com a participação do International Council for Open and Distance Education (ICDE), com programação ainda a ser definida.


 



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