Prêmio Veja Comer & Beber elege os melhores da gastronomia de Cuiabá e Chapada

Uma noite de glamour para a gastronomia de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, em que os melhores restaurantes, bares e comidinhas foram escolhidos por um júri local e também pela equipe gastronômica da revista Veja Comer & Beber. Ao todo foram mapeados 200 estabelecimentos. A premiação ocorreu na noite desta sexta-feira (16), no Espaço Solaris. E esta foi a primeira vez que o cenário gastronômico foi mapeado pela revista.

Um dos momentos mais esperado foi a premiação de Chefe do Ano e Melhor restaurante. A apresentadora de jornal e miss Mato Grosso de 2015, Camila Della Valle, foi a mestre de cerimônia e coube a ela anunciar Ariana Malouf e Mahalo como os grandes vencedores da noite.
A editora da Veja Cidades, a jornalista Mônica Santos, contou que a revista Veja recrutou 23 moradores de diferentes perfis profissionais. Eles foram distribuídos em dois grandes grupos — o primeiro votou nas seções Comidinhas e Bares; o segundo, em Restaurantes.

O júri foi composto por empresários, formadores de opinião e pessoas do mundo gastronômico, como professores e historiadores, que conhecem o cenário local e têm o hábito de visitar os endereços. Estas pessoas participaram de maneira espontânea e não ganharam nada para compor o júri. Os votos são baseados em suas experiências pessoais.

“Os jurados escolheram, em ordem decrescente, os três melhores em cada uma das categorias definidas pela redação. Entre elas, o melhor bolinho de arroz, o melhor bar com música ao vivo, o chef do ano e o melhor restaurante da cidade. De posse de todos os rankings dos jurados nas respectivas categorias, a redação atribuiu pontos para cada posição”, explicou a editora de Veja Cidades.

Há 21 anos, o prêmio Comer & Beber, patrocinado pelo banco Santander, reconhece os grandes nomes da gastronomia em São Paulo. As publicações anuais, que se tornaram uma referência para milhões de leitores, também estão presentes em outras capitais, incluindo Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Recife, Porto Alegre, Curitiba.

Em Cuiabá ocorreu pela primeira vez e o guia digital relacionou 200 endereços e campeões em categorias como o melhor bolinho de arroz, o bar que tem a melhor happy hour, o melhor restaurante da cidade e o chef do ano. A seleção também dedicou um espaço aos melhores restaurantes da Chapada dos Guimarães.

Chefe do Ano
Aos 37 anos, Ariana Malouf e seu restaurante, o Mahalo, são referências no cenário gastronômico não apenas de Cuiabá, mas também do país.

A influência para a gastronomia veio de casa, com o talento da mãe, Leila Malouf, dona de um dos maiores buffets de Cuiabá. Formada em hotelaria, Ariani passou por cozinhas de hotéis paulistanos, entre eles o Renaissance e o Sofitel, antes de seguir para a França, onde estudou na renomada escola Le Cordon Bleu e estagiou em casas estreladas pelo Guia Michelin, na França, Itália e Alemanha.

Dentre os finalistas na categoria chefe do ano, estavam também Carol Manhozo, do Flor Negra, e Hugo Rodas, do seu Majó.

Melhor restaurante
O já conhecido Mahalo está há 11 anos no cenário gastronômico de Cuiabá e o resultado bem-sucedido vem das influências libanesas da família de Ariana, além de ingredientes regionais, e ainda as técnicas adquiridas na França e em restaurantes paulistanos. A soma de tudo isso, contribuiu para que fosse escolhido o melhor restaurante da Veja Comer & Beber.

Além do Mahalo, os finalistas da categoria de melhor restaurante eram Flor Negra e Al Manzul.

Comidinhas
Pedida tradicional de diversos bares da cidade, o bolinho de arroz nunca sai de moda. Típicos da culinária cuiabana, o popular bolinho de arroz não ficou de fora da premiação e estava dentre as 16 categorias do Pêmio Veja Comer & Beber.

E dentre os vencedores da noite estava a conhecida e querida dona Eulália, escolhida por ter o melhor bolinho de arroz Cuiabá. Ela subiu ao palco para receber o prêmio das mãos do decorador Cleber Clemente.

Aos 83 anos, Eulalia acorda todos os dias às 3h para preparar os melhores bolinhos de arroz da capital. Este ritual já se repete por cinco décadas. A primeira fornada sai às 5h30. Hoje o nome do lugar é Eulalia e família, e não é por menos. Hoje ela conta com a ajuda de oito filhos, 21 netos e 24 bisnetos.

E além de dona Eulália, chegaram à final Bolo de Arroz e Cia e Padaria Panfrigo.

Ainda na categoria comidinhas, além do bolo de arroz premiaram também a melhor padaria. Entre os finalistas estavam Bakehouse 44, Padaria Viena e a Padaria Moinho.

E o escolhido pelos jurados foi Bakehouse 44. Com apenas sete meses, a padaria de Marcelo Oliveira já caiu no gosto dos cuiabanos. Filho e neto de donos de padaria, ele resistiu a ideia de seguir o ramo da família, mas acabou cedendo e se especializou em escolas reconhecidas, como a San Francisco Baking Institute, na Califórnia, e a paulistana Levain, do premiado padeiro Rogério Shimura.

Marcelo adotou um modelo europeu de panificação, com salões menores e oferta enxuta de receitas que prezam pela fermentação natural. Seus pães são feitos com matéria-prima importada, como farinha de trigo francesa, e levain cultivado na casa.

Lógico que o hambúrguer não ficaria de fora. Ramo que cresceu nos últimos anos em Cuiabá. Os finalistas foram Cozinha dos Fundos, Easy Burguer e Rock Burguer. O prêmio entregue pelas mãos do empresário Valter Giglio foi para Marcio Augusto Patrício, proprietário do Cozinha dos Fundos.

Para começar, Marcio se inspirou nas boas referências paulistanas, como as hamburguerias Meats e Z Deli Sandwich Shop. O negócio começou informalmente, quando costumava reunir os amigos e preparar hambúrgueres no quintal de sua casa, no bairro Santa Cruz. E em pouco tempo a marca se consolidou e já tem unidades em São Bernardo do Campo (SP), Salvador (BA) e Rondonópolis, a 215 quilômetros da capital mato-grossense.

Claro que os doces não ficaram de fora, e os finalistas na categoria doceria foram Baba de Moça, Magrello e Sweet Teacher. E a marca entre as mais lembradas de Cuiabá escolhida pelo júri foi Baba de Moça, que já está no mercado há 23 anos, criada pelos gaúchos Maria Cristina e Fernando Sauler, mãe e filho.

O posto de carro-chefe da doceria são as receitas de torta. São quarenta variações, desenvolvidas por Maria Cristina, produzidas na matriz da Avenida Filinto Muller e distribuídas exclusivamente nas filiais.

Bares

Já na categoria bares, subdividida em “Cozinha de Bar”, “Happy Hour”, “Espeteria”, “Música ao vivo”. Na primeira, os finalistas foram Ditador Popular, Essência Cuiabana e Bar do Jarbas. E com um rodízio de petisco que atrai o público, Ditado Popular, localizado na praça mais movimentada da capital, foi o escolhido pelo júri.

O rodízio serve mais de 60 receitas, das regionais, como a ventrecha de pacu frita, aos clássicos botequeiros, caso do bolinho de bacalhau e da mandioca frita. Também fazem o sucesso a costelinha ao molho barbecue, o contrafilé na cerveja e a picanha assada.

O ditado popular também venceu a categoria de melhor happy hour. A trilha sonora, eclética, inclui música ao vivo todos os dias, da voz e violão, às segundas, à apresentação de um DJ, aos domingos. O couvert artístico varia entre R$ 6,00 a R$ 10,00. Nesta categoria, também chegaram à final o Bar do Jarbas e Serra Grande “A Casa de Cerveja”. Kadu recebeu o prêmio das mãos da Miss Mato Grosso, Taiany Zimpel.

O maestro Fabrício Carvalho foi o encarregado de entregar os prêmios para melhor Espetaria e também bar com música ao vivo. Na primeira, Maria Madalena Mineto e Marcos Musis, ela catarinense e ele cuiabano, proprietários do Chuvisco, subiram ao palco para receber a premiação.

O bar está no cenário cuiabano há 23 anos, sustenta uma clientela fiel e é um dos pontos de encontro mais populares de Cuiabá. No amplo salão da casa campeã, reformado recentemente, distribuem-se as mesas, um playground convidativo e a churrasqueira a carvão. Os espetos são temperados por Maria Madalena apenas com alho e sal.
Os outros dois finalistas na categoria foram Celeiro Espetos e Moinho Espeto.

Agora para escutar uma boa música, o júri da Veja Comer e Beber escolheu o Mundaréo como o melhor bar. O local já foi uma charmosa residência e a divisão de cômodos foi preservada pelos proprietários, Adston Arantes, o Júnior, e Marcos César Monterozorio. Ali, também rola a programação musical, eleita a melhor da cidade.

Restaurante

A categoria Restaurante foi subdivida em melhor “Carne”, “Cozinha Regional”, “Japonês”, “Peixaria”, “Pizzaria” e o melhor de Chapada dos Guimarães. O superintendente do Banco Santander, Wilson de Paula Silveira Junior, foi o responsável por entregar o prêmio para o Meat’s Grill, eleito pelo júri da Veja Comer & Beber com a melhor carne de Cuiabá, o que deixa um gostinho a mais, já que Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do país.

No salão envidraçado e compacto, a carne mato-grossense recebe o melhor tratamento da cidade. Para os pratos são usados cortes da raça angus, provenientes de novilhos precoces criados no estado. Importados, apenas o cordeiro e o estilo da churrasqueira, ambos uruguaios.

As canaletas da parrilla, inclinadas, impedem que a gordura da carne pingue no carvão e levante labaredas, prejudiciais ao sabor. Entre os cortes mais requisitados estão o bife ancho e o porterhouse caprese. Também faz sucesso o carré de cordeiro. Os outros dois finalistas foram: Churrascaria Boi Grill e Grand Toro Steakhouse.

O judoca cuiabano, melhor do Brasil e segundo melhor do mundo, Davi Moura, foi o escolhido para premiar o melhor restaurante de comida japonesa e também a melhor peixaria.

Na categoria melhor cozinha regional, os indicados foram Magaba, Regionalíssimo e Tacuru. O júri escolheu o já tradicional e antigo Regionalíssimo, localizado no antigo Mercado Público do Porto, ponto tradicional da nossa cultura. E o proprietário Jean Biancardini faz questão de justificar o superlativo do nome. “Essa é uma casa dedicada exclusivamente a comida regional mato-grossense”, explica.

A cozinha fica aos cuidados de Iramaia Regina da Silva que aprendeu as receitas com a mãe e é a responsável por coordenar o preparo e finalizar as travessas do bufê.

Os indicados à final na categoria Japonês foram Haru Cozinha Oriental, Itiban Restaurante e Japô Casa. E o prêmio foi para as mãos dos sócios Reinaldo Spinelli e Lucas Trevisan Bongiovanni, proprietários do Haru, um dos restaurantes mais elegante na Praça Popular.

O extenso cardápio – com influências que vão da cozinha nipo-peruana à tailandesa – privilegia a gastronomia japonesa, ainda que com intervenções ocidentais (sim, tem receitas com cream cheese).
Já na categoria peixaria, uma especialidade nutritiva e saborosa, que combina muito com a comida regional de Cuiabá, que tem no peixe uma das suas iguarias, os finalistas foram Lélis Peixaria, Mirante das Águas, e Okada. Uma honra para os três, afinal, não são poucos as casas dedicadas à especialidade em todo o estado.

O rodízio, com certeza, é o favorito. O proprietário Lélis Fonseca garante que é a pedida de 95% do público. Quem escolhe a peixaria tem um menu que varia entre 28 receitas preparadas com oito tipos de peixes: pintado, pacu, piraputanga, dourado, matrinxã, arraia, cachara e lambari, além de jacaré.

E é claro que a melhor pizzaria não poderia ficar de fora. Para premiar os melhores na categoria foi chamado o professor de gastronomia João Carlos Caldeira, que também assina as matérias no site Destemperados. A eleita melhor de Cuiabá foi Gato Mia e a receita nem é segredo, tanto que está escrita em uma grande parede de lousa, e o forno a lenha, revestido por uma pintura do artista plástico mato-grossense Adir Sodré.

Chapada dos Guimarães

Caldeira também entregou o prêmio para o melhor restaurante de Chapada, município turístico localizado a 60 km de Cuiabá, e não poderia ficar de fora do cenário gastronômico da revista Veja Comer e Beber não ficaram de fora.

Os melhores na final foram Atmã, Estilo e Bistro da Mata. O júri escolheu como o favorito o Atmã, que de casa de veraneio se tornou pousada e restaurante pelo casal de advogados Antonio Checchin e Adriana Costa. Ele é o responsável por cuidar do salão, enquanto ela, mineira de Santa Vitória, é a responsável pela bela decoração do ambiente e pela cozinha.

Ela treinou pessoalmente as seis cozinheiras, ensinando-as a fazer as receitas que aprendeu com a mãe ainda na infância. Uma dessas receitas de família está entre as mais pedidas: apelidado de macarrão pega leivinha, o prato consiste em espaguete com molho de tomate e tiras de filé-mignon. 



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