Pedido para investigar Emanuel é novamente arquivado
Vereadores de Cuiabá arquivaram, mais uma vez, na sessão desta quinta-feira (18), o terceiro pedido de abertura de Comissão Processante para investigar o prefeito afastado da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB). O presidente da Câmara, vereador Juca do Guaraná (MDB), não vota. O placar foi 15 votos contrários a 8 favoráveis.
O pedido foi protocolado na última semana pelo líder comunitário presidente da Associação de Moradores do Bairro Renascer, José Carlos da Silva.
Na última semana, a Câmara já havia arquivado, por 17 votos a seis, além de uma abstenção, dois pedidos de abertura de Comissão Processante contra o prefeito. Eles foram protocolados pelo suplente de vereador, Fellipe Corrêa (Cidadania), e pela promotora de vendas Fabiany Arias, e votados de maneira conjunta.
Em relação a última votação, o vereador Luiz Fernando (Republicanos), que havia votado contra a abertura da investigação, não se fez presente nesta sessão. O vereador Eduardo Magalhães (Republicanos), que se absteve, agora votou favorável a abertura da comissão processante.
A surpresa ficou pela "mudança de posição" da vereadora Edna Sampaio (PT). Antes contrária à Comissão Processante, ela agora defendeu a abertura do procedimento que poderia resultar na cassação de Emanuel Pinheiro.
“Votei favoravelmente desta vez porque vi nessa apresentação mais fundamentação. Anexaram os documentos e definiram com maior clareza os crimes pelos quais seria aberto a Comissão Processante. Ainda não acho que seja suficiente os elementos trazidos, nós fizemos na Comissão Especial um estudo utilizando método e caracterização fundamentada em ada processo. Ainda não é o que faz esse instrumento, mas é possível de ser considerado, por isso votei a favor. Na semana que vem vamos apresentar de forma qualificada o nosso relatório e as providencias que essa Casa deve tomar em relação as denuncias e aos processos em andamento na Justiça”, justificou Edna Sampaio.
AFASTAMENTO - Emanuel Pinheiro foi afastado do cargo no dia 19 de outubro por ordem do Tribunal de Justiça. A determinação se deve à investigação de suposta organização criminosa voltada para contratações irregulares de 259 servidores temporários na Secretaria Municipal de Saúde para atender interesses políticos do prefeito. Além de irregularidades no pagamento do Prêmio Saúde.
Em depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE), o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, revelou que, sem necessidade, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) elevou consideravelmente o número de servidores contratados em cargos comissionados. Além disso, os valores do Prêmio Saúde para cada servidor era definido “por bilhetes” enviados pelo prefeito e pela primeira-dama.
Veja como votou cada vereador:
A FAVOR
Diego Guimarães (Cidadania)
Dilémario Alencar (Podemos)
Edna Sampaio (PT)
Eduardo Magalhães (Republicanos)
Michelly Alencar (DEM)
Pastor Jeferson (PSD)
Sargento Joelson (Solidariedade)
Marcos Paccola (Cidadania)
CONTRA
Paulo Henrique (PV)
Adevair Cabral (PTB)
Chico2000 (PL)
Didimo Vovô (PSB)
Lilo Pinheiro (PDT)
Kássio Coelho (Patriota)
Marcrean Santos (PP)
Marcos Brito Jr. (PV)
Maria Avallone (PSDB)
Mário Nadaf (PV)
Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania)
Sargento Vidal (PROS)
Wilson Kero Kero (Podemos)
Cezinha Nascimento (PSL)
Demilson Nogueira (PP)
AUSÊNCIA
Dr. Luiz Fernando (Republicanos)
FOTO: CÂMARA MUNICIPAL DE CUIABÁ