Secretário de Estado quer estudo científico comprovando viabilidade

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, disse ontem que a implantação do passaporte da vacina em Cuiabá, conforme decreto assinado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), é uma “medida radical sem estudo científico é inviável”.

O titular da Saúde destacou que essas medidas devem ser tomadas com base no que especialistas dizem sobre o assunto e alertou que generalizar medidas de proibição ou de flexibilização é algo perigoso.

“Eu acho que seria prudente, nesse momento, não tomar uma decisão dessa natureza enquanto o próprio país não tem uma decisão disso”, explicou.

Para Gilberto, tal determinação deve ser realizada pelo gestor municipal, claro, pautado em dados epidemiológicos de seu território. Assim, somente o prefeito poderá realizar sua escolha quanto às medidas a serem realizadas em seus municípios para as festas de fim de ano. “Acredito, que uma lei de abrangência estadual neste aspecto e nesse momento seria um pouco temerário", declara o secretario.

Gilberto fez questão de ressaltar a sua opinião, de que a decisão pela vacinação deveria ser coletiva, inclusive, reforçou que o território brasileiro contém um percentual significativo de pessoas que ainda não tomaram sequer a primeira dose da vacina. Apontando sua preocupação com a descoberta no Brasil já de um caso da cepa Ômicron, a nova variante do coronavírus, encontrada na África do Sul e com casos reconhecidos em parte da Europa.

“Em todos os veículos de comunicação que participo, reforço que a decisão de vacinar-se deveria ser uma escolha coletiva. Com a descoberta desta nova variante, que já atingiu a Europa, e aqui no Brasil, a cidade de Rondônia, que novamente sofre com a falta de leitos, é preocupante ter um percentual alto de pessoas que não se vacinaram”, relatou o secretário.

Segundo o secretário, futuramente, a decisão por uma medida mais 'enérgica', deverá ser realizada, inclusive, responsabilizando os cidadãos que optaram em não se vacinar, ou seja, sendo ‘negligentes’ com a saúde pública.

 

FOTO: GOVERNO DE MATO GROSSO



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