Com sete casos notificados, Cuiabá acende alerta contra H3N2

O vírus da Influenza A tem deixado as autoridades públicas em alerta em todo país. Em Cuiabá, somente neste mês, já foram confirmados sete casos do subtipo H3N2, mas a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) garante que a Capital não vive surto da doença. Contudo, as notificações chamam a atenção para a necessidade de se manter as medidas preventivas, que são as mesmas indicadas contra a Covid-19.

Conforme a Vigilância de Doenças e Agravos Transmissíveis da SMS, apesar de as unidades de pronto atendimento (UPAs), policlínicas e unidades básicas de saúde (UBSs) estarem recebendo grande demanda de pessoas com sintomas gripais, a grande maioria trata-se se resfriados comuns, que não são de notificação obrigatória.

Esses resfriados também não são combatidos pela vacina da Influenza, que serve para evitar apenas os casos graves, já mencionados anteriormente. Na Capital, mais de 75% do público-alvo vacinado contra a Influenza A (H1N1 e H3N2) e Influenza B.

O diretor clínico da UPA Norte, Renan Mancio, explica que alguns fatores fazem com que haja aumento de casos de gripe nesta época do ano. “Esses aumentos sazonais ocorrem de acordo com as condições climáticas, como o período de chuva que vivemos no nosso Estado”, disse por meio da assessoria. “Também não podemos esquecer o período pandêmico que vivemos. Então, mesmo que o foco seja a Covid-19, outras síndromes gripais também aparecem”, completa.

De acordo com Mancio, os sintomas de uma síndrome gripal comum e da Covid-19 inicialmente são semelhantes, mas que alguns sinais podem apontar para um caso de maior gravidade, como falta de ar excessiva, baixa saturação e febre alta. “Esses sintomas nos levam a acender o sinal de alarme e dar maior atenção ao paciente. Mas de maneira geral, é difícil separar sintomas leves de uma síndrome gripal comum de uma Covid-19. A gente trata de maneira semelhante, com antigripais, remédio para dor e bastante hidratação. A grande maioria se cura por si só em média entre 5 a 7 dias”, diz.

O médico orienta à população quanto aos locais onde procurar assistência médica em caso de contrair uma gripe ou resfriado. “A gente tem que entender que o Sistema Único de Saúde (SUS) é dividido em atenções primária, secundária e terciária. E a estrutura primária em Cuiabá é muito bem equipada. Então, em caso de sintomas leves, o ideal é procurar a UBS mais próxima e deixar para a policlínica ou UPA os casos mais graves, que são os notificados”.

Por meio de nota, a SMS reforçou que, independentemente se H1N1, H3N2 ou Influenza B, a notificação é obrigatória, conforme parâmetros do Ministério da Saúde (MS), quando detectada a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), ou seja, quando o paciente apresenta sintomas como alteração de saturação ou dificuldade respiratória. Após a notificação, são feitos exames para confirmar o vírus que causou a SRAG.

Explica ainda que desde o começo da pandemia do coronavírus, todos os casos foram vinculados à notificação da Covid-19, pelo fato de ambos se tratarem de SRAG.

A SMS informa ainda à população que os cuidados a serem adotados são os mesmos já intensamente divulgados quanto à Covid-19, como etiqueta respiratória, lavagem constante das mãos e distanciamento social, já que ambas as doenças se tratam de síndrome respiratória aguda grave. “Por fim, a SMS orienta à população que, em caso de sintomas, sempre procure atendimento médico para avaliação, tratamento e notificação”, frisa.

Vale reforçar, que segundo especialistas, a prevenção se torna essencial porque a vacina disponível neste ano contra a gripe não foi projetada para conter justamente essa cepa que está em circulação, chamada de Darwin. Ela está entre mutações eleitas pela organização Mundial de Saúde (OMS) no ano passado.

Todos os anos, a OMS escolhe dois subtipos de Influenza A (um do tipo H1N1 e outro do tipo H3N2) e duas cepas da gripe Influenza B (linhagens Yamagata e Victoria). A cepa Darwin, identificada em amostras coletadas pelas chamadas unidades sentinelas da vigilância da gripe, pertence ao grupo dos vírus H3N2, mas, neste ano, a mutação escolhida para a vacina foi outra, a cepa chamada de Hong Kong.

 

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