Morte de adolescente em cachoeira em Chapada ainda está sob investigação
A Delegacia de Chapada dos Guimarães ainda estpa investigando a morte do adolescente Daniel Hiarle Arruda de Oliveira, 14 anos, em uma cachoeira no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.
A polícia apura se houve imprudência ou negligência da equipe de educadores. Já foram ouvidas 22 pessoas.
Entre as diligências realizadas, a equipe de investigação coletou as primeiras impressões no local, assim como foi realizada perícia pela Politec no local, além da necropsia do corpo. Entre as oitivas, foram inquiridas três autoridades em turismo.
Segundo o delegado, Alexandre da Silva Nazareth, houve imprudência em permitir o acesso dos alunos no curso d’água; e negligência em observar regras de gestão de segurança deliberadas pela ABNT para turismo (ou educação) de aventura, tais como incursão com condutor e auxiliar (profissional habilitado para tal), uso de equipamentos de proteção individual e coletivo, limite de pessoas no local de banho, dentre outras.
Com base na apuração, na última semana, o delegado instaurou inquérito policial para confirmar as evidências, pois há indícios mínimos de que a omissão foi penalmente relevante.
“Isto é, com a permissão de contato dos alunos com águas com profundidade maior que dois metros, os servidores assumiram a responsabilidade de impedir qualquer resultado desastroso (exemplo: impedir a morte, mesmo não tendo os educadores habilitação para isso); e também com referido comportamento, eles teriam criado o risco da ocorrência do resultado aflitivo”, explicou o delegado.
Nas próximas diligências serão inquiridas outras 10 pessoas, entre elas, mais uma autoridade em turismo, quatro alunos e as coordenadoras que participaram da aprovação do projeto.
O delegado aguarda a conclusão dos laudos de perícia complementar do local e de toxicologia da vítima, além de documentos com as normas da ABNT, que serão anexados ao inquérito. O inquérito será finalizado no prazo de 30 dias.
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