Cattani não cometeu crime, concluiu inquérito
O inquérito da Polícia Civil concluiu que o parlamentar, deputado Gilberto Cattani, não cometeu crime de homofobia ao postar em suas redes sociais a polêmica frase “ser homofóbico é uma escolha, ser gay também”. O caso repercutiu e ganhou o repúdio de entidades de defesa da comunidade LGBTQIA+.
O delegado Celso Renda Gomes concluiu que não houve o crime de homofobia e levou em consideração o que disse o parlamentar durante depoimento. Segundo o deputado, a comunidade LGBTQIA+ havia iniciado um movimento dizendo que “ser homofóbico é uma escolha” e que, de acordo com ele, apenas acrescentou que o trecho “ser gay também”.
No inquérito, Gomes destacou a fala do parlamentar sobre a campanha promovida pela LGBTQIA+, que ao depor na polícia o deputado explicou que o movimento deixou a entender que existiria um terceiro gênero. Conforme o delegado, Cattani fez questão de destacar que cientificamente é comprovado que não “se escolhe o sexo”.
Celso Renda diz no inquérito que para incriminar alguém é necessário ter o mínimo de convicção e afirmou que “o mundo está cada vez mais complicado”, e que o Gilberto estava na condição de parlamentar estadual quando se pronunciou sobre o assunto.
"Não temos parecer de que tenha cometido algum crime que lhe fora atribuído, razão pela qual deixamos de indiciá-lo, se é tal instância nos seria cabível", pontuou.
REAÇÃO - Ao saber do não indiciamento pela polícia, a vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), autora da denúncia que gerou o inquérito contra Cattani, se manifestou dizendo que espera que a população LGBTQIA+ tenha força para resistir e mudar o que chamou de “ordem perversa”.
Conforme a vereadora, as mulheres, a juventude, negros, índios e a comunidade da diversidade são os alvos da “maldade institucionalizada a onde a lei é muito relativa quando é para preservar direitos do povo”.
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