Botelho diz que não há problemas com Max Russi
O deputado democrata Eduardo Botelho, primeiro-secretário do Legislativo estadual, em entrevista ontem ao Programa Resumo do Dia, na TV Brasil Oeste, fez questão de colocar 'panos quentes' em sua relação com o presidente da Mesa Diretora da Casa de Leis, o deputado Max Russi(PSB).
Ao assegurar que ambos estariam alinhados quanto aos trabalhos da Casa de Leis e que, sobretudo, nao haveria nenhuma rusga ou intriga entre os dois. Ao se referir à ação protocolada pelo DEM, no Supremo Tribunal Federal, para que ele[Botelho] retorne ao comando da Assembleia.
Ao assegurar que ambos estariam alinhados quanto aos trabalhos da Casa de Leis e que, sobretudo, nao haveria nenhuma rusga ou intriga entre os dois. Ao se referir à ação protocolada pelo DEM, no Supremo Tribunal Federal, para que ele[Botelho] retorne ao comando da Assembleia.
Botelho frisou que, porém, o DEM somente teria entrado no STF, para se contrapor ao pedido da direção nacional do PSB, de Russi, que requereu na mesma instância judicial, a manutenção da atual composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em 20 de outubro do ano passado.
Mas que já haveria um acórdão favorável no STF, dado para pelo menos dez assembleias legislativas, avalizando os ex-presidentes a retomarem o comando dos parlamentos.
"A informação que tenho que o julgamento no STF ainda será pautado para entrar em discussão. E o DEM encaminhou este pedido para o meu retorno à presidência, depois que o PSB entrou no STF, pela manutenção da Mesa Diretora. Então vejo isto como um pedido legítimo de cada partido, de lutar pelos seus filiados. Assim, como o PSB está defendendo a permanência do Max, assim também o DEM está defendendo meu retorno como presidente da Assembleia. Dizem que 10 assembleias já receberam acórdão do Supremo, avalizando as eleições que ocorreram antes de 2021".
E ainda conforme o primeiro-secretário, qualquer que seja a decisão no STF estará bom prá ele. "Se for para permanecer como está aí, está bom. Se for para mudar, nós mudamos. Eu e o presidente Max estamos alinhados. É um direito dele reivindicar, como também é o meu. Mas lá dentro estamos perfeitamente em harmonia. Estamos trabalhando juntos e conversamos todos os dias. Ou seja, não tem nenhuma rusga ou intriga entre nós dois"
Reiterando que as ações que correm no STF não têm interferido nos trabalhos da Casa de Leis. "A gente é consciente do processo, que é jurídico, assim não depende de nós. E há nossas funções lá dentro. Então não temos problema nenhum para tocar a Casa ou trabalhar politicamente".
ENTENDA - Botelho foi reeleito para assumir um terceiro mandato como presidente da Casa de Leis em 2021. A eleição ocorreu ainda em 2020, em 10 junho, e sua posse ocorreu no ano seguinte.
Na época, dos 24 deputados, 22 votaram a favor, um votou contra e um se absteve.
Botelho tomou posse pela primeira vez em 2017. Depois, foi reeleito para o biênio 2019/2020, também sem concorrente, e depois, no terceiro mandato seria para o biênio de 2021 e 2022. A reeleição foi, porém, alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pelo partido Rede, que alegou que a Constituição Federal permite apenas uma recondução.
O ministro Alexandre de Moraes, relator dos autos, de forma monocrática, decidiu suspender a posse dos candidatos eleitos e determinou uma nova eleição, quando o deputado Max Russi foi escolhido para comandar o órgão legislativo.
Após quase um ano, o DEM decidiu recorrer contra a decisão, sob a alegação de que a demora no julgamento do mérito da ADI causa danos aos reeleitos. O DEM pediu para que a decisão monocrática de Alexandre de Moraes seja revista. Requerendo a inclusão imediata do caso para julgamento.
Ao Supremo, a legenda democrata ainda pede modulação dos efeitos da decisão. Ao pedir para que prevaleça a tese pela qual a eleição dos membros das Mesas das Assembleias Legislativas estaduais deve observar o limite de uma única reeleição ou recondução. Porém, a aplicação, segundo a legenda, somente poderá ocorrer nos casos em que a formação das Mesas das Assembleias tenham ocorrido após a publicação do acórdão que fixou a tese em seis de abril de 2021.
Ao lembrar que a releição dos Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, em que Botelho foi eleito se deu em 10 de junho de 2020. Ou seja, antes da publicação do acórdão. Assim, o partido pede o reestabelecimento da eleição para a mesa diretora realizada pela Assembleia Legislativa do Mato Grosso na Sessão Ordinária de 10 de junho de 2020.
FOTO: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MT