Variante ômicron já predomina em Mato Grosso

 

Em janeiro deste ano, a circulação da variante Ômicron predominou em 90% dos casos confirmados de Covid-19, em Mato Grosso. É o que mostra uma pesquisa com 95 amostras de pacientes residentes em 40 municípios mato-grossenses realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Laboratório Central do Estado (Lacen-MT). Descoberta em novembro de 2021 por cientistas da África do Sul, a Ômicron foi classificada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com as informações divulgadas, ontem (14), pela Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT), a análise foi feita pela equipe coordenada pelo pesquisador da Fiocruz, Luiz Carlos Júnior Alcântara, que recebeu 95 amostras. Desse total, 48 foram enviadas pelos municípios ao Lacen e 47 foram provenientes da pesquisa realizada em pacientes assintomáticos vacinados.

O resultado da análise apontou que, em agosto de 2021, cerca de 60% das variantes em circulação no Estado eram da Gamma e 40% eram da cepa Delta. Em dezembro de 2021, o estudo mostrou a prevalência de 75% da Delta e de 25% da Ômicron. Já em janeiro de 2022, foi identificado nas amostras a predominância de 90% da Ômicron contra cerca de 10% da variante Delta.

As amostras são de cidades como Cuiabá e Várzea Grande. Os demais, segundo a assessoria de imprensa da Ses-MT, são provenientes de Guarantã do Norte, Conquista D'Oeste, Lambari D'Oeste, Alto Araguaia, Chapada dos Guimarães, Campo Novo do Parecis, Juscimeira, Alto Araguaia, Diamantino, Tangará da Serra, Poconé, Nova Santa Helena, Tapurah, Nova Canaã do Norte, Colíder, Nova Guarita, Gloria D'Oeste, Nova Brasilândia, Rondonópolis, Nova Ubiratã, Porto Esperidião, Rio Branco, Salto do Céu, Reserva do Cabeçal, Jaciara, Nova Lacerda, Planalto da Serra, Barra do Bugres, Santa Rita do Trivelato, Dom Aquino, Campo Novo do Parecis, Nobres, Cáceres, Comodoro, São José Dos Quatro Marcos, Nossa Senhora do Livramento, Alta Floresta e Santo Antônio do Leverger.

A diretora do Lacen-MT, Elaine Cristina de Oliveira, avalia positivamente a pesquisa no sentindo de identificar as variantes em circulação no Estado e analisar a predominância delas entre os casos confirmados do coronavírus. “Os esforços de sequenciamento são necessários para a geração de novos dados genômicos que permitirão o monitoramento das variantes do vírus SARS-CoV-2 circulantes”, disse por meio da assessoria de imprensa. “A partir dessa identificação os gestores conseguem trabalhar políticas públicas de enfrentamento a disseminação do vírus”, completa.

Segundo ela, o Lacen iniciou as atividades de sequenciamento genético em outubro de 2021 e, até momento, foram sequenciadas 160 amostras e 64 ainda estão em análise. No período de 2020 e 2021, o laboratório envio aos laboratórios de referência 360 amostras. Desse total, 118 tiveram resultado sequenciados.

Já para a equipe do projeto de pesquisa a unidade estadual enviou 256 amostras, das quais foram sequenciadas 158. “Esses resultados evidenciam a importância de mantermos ativas as medidas não farmacológicas ao longo do processo de vacinação para que seja possível reduzir a transmissão sustentada do patógenos a nível nacional, prevenindo a potencial emergência de outras variantes de interesse e/ou preocupação internacional”, frisa o pesquisador Luiz Carlos Júnior Alcântara.

Desde o início da pandemia, foram contabilizados até ontem pela manhã mais de 670 mil casos confirmados da doença, sendo 633.122 recuperados e 14.269 de óbitos dentre residentes no Estado. Do total de confirmações, 121.900 foram em Cuiabá, 49.703 em Várzea Grande e 41.587 em Rondonópolis.

 

FOTO: DIVULGAÇÃO

 



INFORMES PUBLICITÁRIOS

ENQUETE

Voce é a favor ou contra Lei Magnitsky- que sancionou Alexandre de Moraes ?
PARCIAL