Acordo com MP suspende concurso da Segurança Pública de MT
Após reunião realizada nesta quinta-feira (24), com representantes Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), o concurso da Segurança Pública, em Mato Grosso, foi suspenso. A informação foi anunciada pelo Ministério Público Estadual. Desde as provas realizadas no domingo (20), o MP recebeu mais de 100 denúncias contra o certame.
Segundo o MPE, ficou acordado que o concurso público não terá homologação final enquanto as investigações não forem concluídas. O trabalho de apuração está sendo conduzido, no âmbito do MPMT, por três promotorias de Justiça da Capital, que atuam nas áreas do Patrimônio Público, Cidadania e Segurança Pública.
“Ficou acordado foi a suspensão da homologação final do concurso até que todas as denúncias sejam apuradas. O cronograma do certame está mantido e seguirá normalmente. As investigações devem ser concluídas antes da data prevista para homologação”, informou o MP.
Segundo os promotores de Justiça que atuam no caso, a SESP disponibilizou hoje as informações solicitadas pelo MPMT. Também colocou a área de Inteligência à disposição para eventual apoio às investigações. Somente a Ouvidoria do MPMT, recebeu mais de 100 denúncias sobre supostas fraudes na organização do certame.
Nesta quarta a Gerência de Exames e Concursos (GEC) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), admitiu que algumas ocorrências foram constatadas durante a realização do concurso, mas sem confirmar quais, alega que foram pontuais e não comprometem a segurança ou validade do processo avaliativo.
Dezenas de denúncias sobre falhas nas fiscalizações nos locais de provas foram encaminhadas à Casa Civil e ao Ministério Público Estadual (MPE). Deputados também encaminharam ofícios ao governo do Estado solicitando informações e cobrando investigação sobre tais denúncias. Entre elas utilização de celulares pelos candidatos, entrada nas salas após o horário de início da aplicação das provas, entre outras.
O fato mais grave aconteceu em Cáceres, município onde quatro pessoas foram presas em flagrante pela Polícia Civil após investigação para apurar denúncia de que um candidato teria contratado uma pessoa para fazer a prova em seu lugar. A equipe da Polícia Civil chegou a um dos locais de prova e constatou que a pessoa que estava no local tinha características físicas totalmente diferentes do candidato do concurso.
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