STJ nega mais um pedido de soltura para jovem que matou amiga no Alphaville

 

Em decisão publicada nesta quarta-feira (20), o ministro Antonio Saldanha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou pedido de reconsideração e manteve a internação da adolescente que atirou e matou Isabele Ramos, em Cuiabá.

O crime ocorreu no dia 12 de julho de 2020, no Condomínio Alphaville, no bairro Jardim Itália, área nobre da Capital.

Na decisão, Saldanha afirmou que a defesa da acusada não apresentou “fato novo” que pudesse reverter a internação dela. 

A garota está internada no Complexo Pomeri, desde 19 de janeiro de 2021. Ela foi condenada a 3 anos por ato infracional idêntico ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar. 

Na ação ao STJ, a defesa pedia a reconsideração da decisão dada pelo ministro no dia 30 de março, na qual negou habeas corpus que pedia a liberação da menor.

No pedido de habeas corpus, a defesa sustentou que a equipe multidisciplinar da unidade de internação sugeriu a substituição da medida de internação por outra mais branda.

“Na petição de reconsideração, reitera o pedido de relaxamento da internação e a consequente soltura da paciente; e, no mérito, pede o deferimento da progressão da medida socioeducativa para prestação de serviços à comunidade”, afirmou.

"Não apresentou nenhum fato novo que autorize a mudança substancial no quadro fático, apto a alterar a decisão que indeferiu a liminar, devendo-se, portanto, aguardar o julgamento de mérito", disse o ministro Antonio Saldanha.

“À vista do exposto, indefiro o pedido de reconsideração”, completou.

TRAGÉDIA - Isabele Ramos morreu com um tiro no rosto dentro de um banheiro na casa da amiga. 

A tragédia aconteceu quando o pai da atiradora, o empresário Marcelo Cestari, pediu que a filha guardasse uma arma que fora trazida pelo genro, de 17 anos, no quarto principal, no andar de cima. 

No caminho, porém, a garota desviou e seguiu em direção ao banheiro de seu quarto, ainda carregando a arma. Lá, encontrou Isabele, que acabou sendo atingida pelo disparo da arma.

A Politec apontou que a adolescente estava com a arma apontada para o rosto da vítima, entre 20 a 30 centímetros de distância, e a 1,44 m de altura.

 

 

FOTO: DIVULGAÇÃO



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