Paccola é condenado a 4 anos de reclusão por falsidade ideológica e inserção de dados falsos

O tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) foi condenado na noite desta sexta-feira(16) a 4 anos e 6 meses de reclusão por falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informações.

A decisão é da 11ª Vara Criminal da Justiça Militar de Cuiabá referente a Operação Coverage, na qual policiais militares são acusados de fraude nos registros de armas, que teriam sido usadas por um grupo de extermínio formado por policiais conhecidos como "Mercenários".

Também foi codenado o  2º Tenente PM Cleber de Souza Ferreira a 2 anos de reclusão pelo crime de falsidade ideológica. Ele e Paccola devem cumprir inicialmente a pena em regime aberto. Eles podem recorrer da decisão do juiz Marcos Faleiros.

O Ministério Público havia pedido,  a condenação de Paccola e Cleber por apropriação de bem público e a perda do cargo policial. Mas Faleiros não atendeu a solicitação e absolveu os dois do crime, além de mantê-los como policiais.

Um relatório técnico da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) mostrou diálogos no Whatsapp, mantidos entre Paccola, Ferreira e Berison, para inserir dados falsos em históricos de arma de fogo encaminhados pelo Comando-Geral da PM ao Exército Brasileiro.

O registro da pistola teria sido alterado para apagar sua relação com os assassinatos da Mercenarios.

Para o MPE, "verificou-se a necessidade de apagar todas as arestas do crime de falsidade ideológica, razão pela qual os acusados Ten Cel PM Marcos Eduardo Ticianel Paccola, 2º Ten PM Cléber de Souza Ferreira e 3º Sgt PM Berison Costa e Silva, agindo em coautoria delitiva, inseriram os dados falsos no sistema SIRGAF da PM/MT".

OUTRO PROCESSO

Paccola também responde no  processo na Justiça referente ao disparo que matou o agente agente do socioeducativo, Alexandre Myagawa, em 1º de julho deste ano. Inclusive teve o mandato cassado de vereador.

 


FOTO CAMARA 



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