Abílio segue com críticas à esquerda e reforça fidelidade a Bolsonaro

 

O deputado federal eleito,, Abílio Brunini (PL), conhecido como representante da Direita em Mato Grosso e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que, apesar da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não o considera presidente da República, reforçando sua fidelidade ao ex-presidente, e disparando críticas aos membros e simpatizantes da esquerda em Mato Grosso.

“A maioria da população esperava uma situação diferente, esperava que no dia de hoje a posse não fosse a do Lula. Mas eu não reconheço Lula como meu presidente. Eu reconheço ainda Bolsonaro como presidente, e quem achar errado e quem não gostar, que me reconheça como deputado, pois boa parte da esquerda fala que eu não represento eles como deputado federal”, criticou.

Sobre a ida de Jair Bolsonaro para os Estados Unidos em 30 de dezembro, Abílio avaliou necessária a viagem, diante das inúmeras traições políticas de aliados políticos pelo ex-presidente, enfatizando o nome do ex-vice-presidente e senador eleito, general Hamilton Mourão (Republicanos).

“Eu acho que ele (Bolsonaro) fez certo, tendo em vista as ‘N’ traições que ele começou a passar nos últimos dias, inclusive do Mourão, que foi uma das últimas coisas que a gente esperava. Houve uma sequência de traições e a frustração é muito grande. Então eu acredito que pra sua própria segurança e tranquilidade, ele agiu certo”, apontou o parlamentar.

Questionado sobre possíveis críticas de bolsonaristas à atitude do ex-presidente em “abandonar” os apoiadores, que permaneceram protestando por mais de 60 dias nas portas de quartéis militares em todo o Brasil após o resultado das eleições, Abílio destaca que não houve um abandono do presidente, e sim uma falta de interesse das Forças armadas em atender tanto o pedido dos manifestantes, como um possível pedido de intervenção por parte do próprio Bolsonaro.

“Não foi o Bolsonaro que abandonou eles. As decisões que os manifestantes queriam que o Bolsonaro tomasse dependiam das pessoas abaixo dele, se queriam seguir essa decisão ou não. E a última fala do Mourão no sábado à noite deixou isso bem claro. Não havia interesse das Forças Armadas em fazer qualquer tipo de intervenção militar. Então, não adianta querer que o Bolsonaro tome uma decisão que o Exército ou as Forças Armadas não querem cumprir. E boa parte dos superiores (...) já estavam negociando com o atual governo, quem ia ficar com quartel ‘tal’, quem faria progressão de carreira, quem subiria de patente. Ou seja, houve muita negociação política dentro das Forças Armadas”, apontou.

Sobre o cargo de deputado federal, o qual assume no dia 02 de fevereiro, em Brasília, Brunini destacou que trabalhará com a mesma dedicação na fiscalização dos recursos públicos de quando era vereador em Cuiabá, destacando que não pretende ter nenhum diálogo com o governo Lula.

 

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