Em nota, Aprosoja/MT relata preocupação com MST e critica governo Lula

 

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), se manifestou hoje sobre o direcionamento e decisões de políticas adotadas pelo atual ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD) e criticou a política de governo do presidente eleito, Lula (PT).

Isso porque, conforme a entidade, a proximidade do atual governo com pautas voltadas a grandes grupos econômicos, e também, a organizações como as do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), deixam dúvidas sobre a atuação direcionada a grande maioria dos produtores rurais do país.

“Não vou entrar no mérito sobre o nome do novo ministro. A Aprosoja/MT tem sido questionada sobre o nome do senador Carlos Fávaro e, primeiramente, entendemos que é a opção do grupo político eleito indicar a pessoa que possua as qualidades para assumir o cargo. A posição institucional é a preocupação em relação às atitudes do atual Ministro, desde antes da posse, a exemplo da aproximação aos movimentos de invasão de terra que preocupa muito o setor produtivo, porque a essência da produção é a propriedade privada. Em hipótese alguma podemos concordar com uma organização que fomenta invasão de propriedades, isto é crime definido no Código Penal”, aparece trecho de nota divulgada pela associação.

De acordo com a Aprosoja/MT, as políticas públicas do setor “precisam ser pensadas para atender a maioria dos produtores rurais”, que atualmente, são pequenos e médios produtores.

Além disso, no texto, a Associação enfatizou que os agricultores mato-grossenses esperam que haja justiça e defesa com relação à preservação ambiental que já é feita no campo.

“Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil, destinando apenas 11% do seu território para o cultivo de lavouras, e o Brasil - maior produtor mundial da oleaginosa – mantém florestas preservadas em mais de 65% de sua extensão territorial, inclusive boa parte dentro das próprias propriedades rurais. Nenhum país do mundo onde se pratica agricultura, tem uma produção mais sustentável que a do Brasil, com quantidade de vegetação nativa maior que muitos países europeus juntos. Além disso, temos uma legislação ambiental moderna e restritiva, que inclusive impõe ônus ao produtor rural. Problemas, como o desmatamento ilegal, devem ser combatidos dentro dos mecanismos legais existentes. É isso que esperamos que o atual Ministro defenda, e não se submeta a interesses internacionais em detrimento dos produtores, inclusive aceitando imposições que vão além do Código Florestal Brasileiro”, destacou.

 

FOTO: APROSOJA/MT



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