General cuiabano é denunciado por prevaricação nos ataques em Brasília

 

O general cuiabano, Júlio César de Arruda, atual comandante do Exército Brasileiro (EB) vai responder por prevaricação. O Ministério Público Federal (MPF) acatou uma notícia-crime da deputada federal eleita, Luciene Cavalcante (PSOL-SP). Ao acatar a notícia-crime, o MPF vai fazer a própria investigação e pode, ou não, encaminhar denúncia oficial à Justiça.

Segundo Luciene, que assumirá a cadeira da nova ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), na Câmara Federal, o comandante demonstrou inação diante dos acampamentos bolsonaristas, montados em frente aos quartéis-generais da força.

Em sua justificativa, a parlamentar eleita destaca que houve uma falta de empenho do general Arruda em desmobilizar os acampamentos, que serviram para abrigar os manifestantes que promoveram os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro às sedes dos três poderes no DF.

"Os depoimentos feitos à Polícia Federal demonstram que o acampamento do Distrito Federal foi estratégico para o ato golpista, e nesse sentido é urgente investigar os relatos que dão conta da participação, seja por ação ou por omissão, do alto comando do Exército", diz a notícia-crime.

Na ação, Luciene destaca ainda que, na noite do dia 8, logo após os atentados, uma barreira de soldados do Exército foi montada em torno do acampamento no QG de Brasília, a fim de proteger o local. "Isso tipifica crime de prevaricação com relação à atuação do Exército junto ao acampamento golpista e à falta de segurança dos Três Poderes no dia 8", afirmou.

O general cuiabano agora está no centro da crise desencadeada entre Planalto e Forças Armadas. Na semana passada, durante um café com jornalistas, Lula criticou os militares, ao afirmar que “as Forças Armadas não são poder moderador".

 

FOTO: DIVULGAÇÃO



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