Caso impacta pecuária e preço do boi despenca; planejamento pode minimizar danos
Pecuaristas que tenham a atividade estruturada podem minimizar danos referentes a notícias de mercado que impactam diretamente em sua produção.
O preço da arroba do boi despencou essa semana. Foram 6% de queda na última quarta-feira (22), representando em torno de R$ 20,00 no preço pago aos pecuaristas. A reação do mercado é referente às incertezas do caso de Encefalopatia Epongiforme Bovina (mal da "vaca louca"), identificado no interior do Pará.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou o caso da doença em um animal macho, de 9 anos, que foi abatido e teve a carcaça incinerada na cidade de Marabá (PA). As exportações para a China foram suspensas temporariamente.
“Todas as providências estão sendo adotadas. O assunto está sendo tratado com total transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, ressalta o ministro Carlos Fávaro.
“A China, que é o principal importador, não retomará até que a situação seja resolvida, mesmo em casos considerados 'atípicos'. Nessas situações o pecuarista sofre muito, porque é nele o impacto imediato. Os frigoríficos param de comprar os animais pela insegurança”, destaca Rafael Grings, CEO da Hedge Agro, especializada em proteção do preço das principais commodities, seja da soja, do milho e boi gordo.
Segundo Grings, é possível minimizar prejuízos com assessoria e planejamento adequados. “Para minimizar essas informações de mercado que derrubam o preço, o pecuarista pode construir e definir o planejamento de comercialização da arroba do boi. Isso vai dar instrumentos que permitirão proteger o preço. São seguros que protegerão de uma possível queda do mercado, garantido um preço mínimo. Isso ajuda o produtor rural a proteger o seu preço de venda e ter margem de lucro”, ressalta.
Pecuaristas que tenham atividade de engorda e que irão abater gado no 1° semestre do ano podem minimizar danos financeiros referentes a problemas sanitários que acontecem e que impactam diretamente o resultado da sua produção.
Nesse sistema é feito o mapeamento do custo da boiada com objetivo de chegar ao valor ideal de venda da arroba. Isso definirá qual o nível de seguro de preço adequado que protege o custo ou a margem de lucro esperada pelo produtor.
Segundo Grings, essas estratégias de proteção evitam perdas quando o mercado despenca e também para garantir ganhos em possíveis altas.
“O produtor fica muito tempo dentro da fazenda acompanhando a produção e não dedica tempo para a comercialização. Quando acontece quedas no mercado ele não está protegido. Às vezes ele não vende e o mercado despenca gerando prejuízo, ou ele vende e o preço sobe - deixando de receber mais pela mercadoria”.
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