Alternativas ao Judiciário
Como advogado há mais de dez anos, quase quinze, praticamente, se considerado o estágio supervisionado, na academia e em escritório de advocacia, posso dizer que está quase impossível atuar no Judiciário, mais difícil ainda esperar a justa, efetiva e célere resolução dos casos aportados a ele.
A engrenagem judiciária está emperrada, sendo que a roda parece girar de maneira seletiva, para o bem e para o mal, a depender do nome lançado na capa dos autos processual.
Doutro lado, o justiçamento e punitismo popular, no furor do momento e com as próprias mãos, quase nunca também é a solução, pois costuma ser desproporcional e muitas vezes erra a mira, convertendo inocentes em vítimas e promovendo carnificina a céu aberto.
Precisamos partir para os mecanismos alternativos de convolação dos conflitos que permeiam a sociedade, nas várias dimensões da vida humana e da natureza, como a mediação e a conciliação de litígios, preferencialmente na esfera extrajudicial, daquilo que for possível e tratar-se de direito disponível, a fim de realizar justiça e conquistar paz, para o mundo e aos nossos corações, a tempo e modo oportunos, sem tanta burocracia, letargia e hipocrisia, que insistem em sobressair nos ambientes palacianos.
Paulo Lemos é um simples advogado em Mato Grosso.
paulolemosadvocacia@gmail.com




